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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVI Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia e Ortopedia Dento-Facial (SPODF) Leiria, 16 e 17 de maio de 2025 | 2025 | 66 (S1) | Page(s) 112


Caso ClÍnico

#SPODF2025-19 Diagnóstico da inclinação molar e desarmonia transversal – a propósito de um caso clínico


a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, Porto, Portugal

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Volume - 66
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 112
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Received on 09/10/2025
Accepted on 09/10/2025
Available Online on 09/10/2025


Introdução: Muitos pacientes clinicamente aparentam ter uma relação maxilo-mandibular e uma intercuspidação molar satisfatórias, escondendo desarmonias esqueléticas e inclinações instáveis. A desarmonia transversal está muitas vezes compensada e o recurso a meios de diagnóstico tradicionais, que apenas permitem a visualização a duas dimensões, podem resultar em erros de diagnóstico. Os molares maxilares erupcionam com uma inclinação vestibular e os molares mandibulares com uma inclinação lingual, e vão verticalizando com a idade. Os dentes têm uma tendência natural para procurar o contacto oclusal e muitas vezes as inclinações molares refletem compensações de discrepâncias transversais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre a inclinação molar e o défice transversal maxilar, a propósito de um caso clínico. Descrição do caso clínico: Paciente de 16 anos, do género masculino e com uma classe I esquelética. Clinicamente, o paciente apresenta à direita uma classe I molar e classe III canina, e à esquerda uma classe III molar e classe I canina. Observa-se uma posição palatinizada do dente 15 e uma mordida cruzada localizada no dente 25. Discussão: Para avaliar a inclinação molar, foi utilizado o método de Miner e col.: ângulo entre o longo eixo do primeiro molar com o plano axial, no plano coronal. O grupo controlo de Miner e col. incluía pacientes com relação transversal molar normal. Para o primeiro molar 16, a média da inclinação foi de 97.77º±2.7º (paciente do estudo = 76º); no 26 é 98.29º±2.56º (66º); para o 48 a norma é 104.22º±2.67º (105.5º); e para o 36 é 103.85º±2.47º (111º). Verificamos que apenas o dente 46 se encontra com a inclinação dentro da norma. Os molares superiores apresentam uma inclinação inferior à norma, indicando maior torque vestibular. Já o dente 36 apresenta um ângulo superior ao valor normal, correspondente a um torque mais negativo. De modo a avaliar o défice transversal, foi utilizada a análise de Pennsylvania. A nível transversal, o presente caso apresentava uma maxila com 58,3mm e uma mandíbula com 60,4mm. Assim sendo, o défice transversal era de 7,1mm. Conclusão: Após interpretação do caso com recurso a imagens tridimensionais e utilizando os métodos adequados, verificamos que apesar de na observação clínica não se manifestar mordida cruzada molar, este caso apresenta um défice transversal maxilar e primeiros molares bastante compensados. Salientamos a importância de meio auxiliares tridimensionais como apoio para o correto diagnóstico de um caso clínico.


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