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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVI Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia e Ortopedia Dento-Facial (SPODF) Leiria, 16 e 17 de maio de 2025 | 2025 | 66 (S1) | Page(s) 111


Caso ClÍnico

#SPODF2025-18 Implicações médicas e ortodônticas de um Osteoma na Maxila – Caso clínico


a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, Porto, Portugal

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Volume - 66
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 111
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Received on 09/10/2025
Accepted on 09/10/2025
Available Online on 09/10/2025


Introdução: O movimento ortodôntico depende de um processo ativo e normal de remodelação óssea, que permite a deslocação dentária em resposta à aplicação de forças. Qualquer alteração na estrutura óssea pode comprometer este processo e, consequentemente, deve ser considerada no planeamento do tratamento ortodôntico (Krishnan et al, 2005) O objetivo deste trabalho é descrever a abordagem a um caso ortodôntico onde de diagnosticou um osteoma maxilar assintomático. Descrição do caso clínico: Uma paciente de 18 anos e sem problemas assinaláveis de saúde, foi referenciada com a intenção de “corrigir o molar que está para dentro”. Na anamnese não foram identificados antecedentes de trauma. Foram realizados registos fotográficos, impressões para modelos e exames radiográficos de diagnóstico. A análise facial evidenciou um perfil convexo, com retrusão do mento, Classe II esquelética e um padrão hiperdivergente. Na avaliação intraoral, verificou-se uma má oclusão de Classe II subdivisão direita, associada a um canting oclusal direito. O exame radiográfico revelou a presença de uma massa radiopaca bem definida, de elevada densidade, localizada entre os ápices radiculares dos dentes 1.4 e 1.5. O plano de tratamento incluiu a exodontia dos dentes 1.8 e 2.8, seguido de distalização do primeiro quadrante com intrusão, para correção do canting. No entanto, este movimento provocaria a colisão da raiz do dente 1.4 com a lesão identificada, propondo-se a realização de uma biópsia com trefina na região. O exame anatomopatológico confirmou a presença um fragmento de osso lamelar compacto, com o diagnóstico de osteoma. Discussão: O osteoma é uma neoplasia benigna constituída por osso maduro, frequentemente associada ao esqueleto craniofacial. Apresenta maior prevalência no sexo masculino e ocorre mais frequentemente entre os 30 e 50 anos. Afeta mais comumente a mandíbula do que a maxila, sendo o côndilo mandibular a região mais frequentemente afetada. (Sinnott PM et al, 2020) (Nakano K. et al, 2002) (McDonnell D,1993) O diagnóstico diferencial destas lesões deve incluir exostoses, enostoses, osteoma osteóide, odontoma, osteoblastoma e cementoblastoma. A sua presença pode interferir com o tratamento ortodôntico, sendo essencial uma abordagem multidisciplinar para garantir um planeamento adequado. (Sinnott PM et al, 2020) (Nakano K. et al, 2002) (McDonnell D,1993). Conclusões: O osteoma é uma condição rara na maxila, tornando o seu diagnóstico e tratamento um desafio clínico. O diagnóstico definitivo deve basear-se numa associação entre os achados clínicos, imagiológicos e histopatológicos. Apesar da sua baixa taxa de recorrência, a abordagem terapêutica consiste na excisão cirúrgica, apresentando um prognóstico favorável (Sinnott PM et al, 2020) (Nakano K. et al, 2002) (McDonnell D,1993). Não existiram conflito de interesses ou apoios financeiros para a realização deste trabalho.


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