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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVI Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia e Ortopedia Dento-Facial (SPODF) Leiria, 16 e 17 de maio de 2025 | 2025 | 66 (S1) | Page(s) 109


Caso ClÍnico

#SPODF2025-16 Correção da inclinação do plano oclusal com miniplacas – A propósito de dois casos clínicos


a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, Porto, Portugal

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Volume - 66
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 109
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Received on 09/10/2025
Accepted on 09/10/2025
Available Online on 09/10/2025


Introdução: O plano oclusal influencia a estética facial, a função mastigatória e a estabilidade do tratamento ortodôntico sendo importante um diagnóstico preciso e estratégias biomecânicas apropriadas. (Omidkhoda et al, 2023) As alterações do plano oclusal podem estar relacionadas não só com o plano sagital, com a inclinação ascendente ou descendente, mas também podem ter impacto transversalmente, surgindo uma inclinação oclusal.(Diogenes et al, 2018: Kim et al, 2024; Yáñez-Vico et al, 2023) Entre as estratégias biomecânicas para controlo do plano oclusal tem-se proposto o recurso complementar da ancoragem esquelética absoluta (miniplacas) ou subabsoluta (minimplantes) com aparelhos fixos.(Silva et al, 2014; Consolaro et al, 2014) O objetivo do presente trabalho visa evidenciar, através da exposição de dois casos clínicos, as vantagens biomecânicas das miniplacas no controlo do plano oclusal. Descrição dos casos clínicos: Caso 1 – paciente de 13 anos do género feminino com uma mordida aberta anterior com contactos prematuros a nível dos segundos molares e o terço inferior da face aumentado. Foi tratada com o recurso a 4 miniplacas para fazer uma remodelação intrusiva dos segmentos dentoalveolares posteriores maxilar e mandibular. Caso 2 – paciente do género masculino com 19 anos com uma inclinação do plano oclusal, tratado com o recurso a duas miniplacas colocadas na maxila, para fazer uma remodelação intrusiva do segmento dentoalveolar mais descido. O planeamento incluiu a instalação de uma miniplaca na região do canino e outra a nível da transição do 1º para 2º molar, permitindo a aplicação de forças ortodônticas intrusivas. Discussão: O recurso às miniplacas tem vindo a demonstrar grande eficácia no controlo vertical, por meio da remodelação óssea no sentido intrusivo, com consequente rotação anti-horária da mandíbula. Também através do controlo vertical diferencial, podem auxiliar na correção da inclinação do plano oclusal em pacientes com assimetria facial (Silva et al, 2014). Tradicionalmente, a abordagem envolvia a compensação ortodôntica ou a cirurgia ortognática, ambas com limitações. (Inchingolo, et al 2023) A utilização de miniplacas permite a intrusão seletiva dos dentes, reduzindo a necessidade de intervenções cirúrgicas major (Diogenes et al, 2018: Kim et al, 2024; Yáñez-Vico et al, 2023). Nos casos apresentados, o uso de miniplacas possibilitou a correção da inclinação do plano oclusal com resultados favoráveis na estética facial e na função oclusal. Conclusão: Estes casos reforçam o papel das miniplacas como uma opção viável para a correção da inclinação do plano oclusal, proporcionando um tratamento previsível e reduzindo a necessidade de procedimentos cirúrgicos mais invasivos, com maior estabilidade dos resultados ortodônticos.


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