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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVI Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia e Ortopedia Dento-Facial (SPODF) Leiria, 16 e 17 de maio de 2025 | 2025 | 66 (S1) | Page(s) 102


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#SPODF2025-9 Tratamento Ortodôntico e Osteogénese Imperfeita: O que diz a evidência? – Uma Revisão Narrativa


a Prática Clínica Privada

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Volume - 66
Supplement - S1
Poster
Pages - 102
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Received on 09/10/2025
Accepted on 09/10/2025
Available Online on 09/10/2025


Introdução: A Osteogénese Imperfeita é uma doença genética rara caracterizada por defeitos no colagénio tipo I, resultando em fragilidade óssea e deformidades esqueléticas. Indivíduos com Osteogénese Imperfeita frequentemente apresentam anomalias craniofaciais, incluindo má oclusão de Classe III, mordida aberta anterior e mordida cruzada, resultantes de hipoplasia maxilar e prognatismo mandibular. A complexidade do tratamento da má oclusão nestes pacientes deve-se ao crescimento craniofacial alterado, à remodelação óssea comprometida e ao potencial impacto da terapia com bisfosfonatos. O objetivo deste estudo é rever as evidências disponíveis sobre as abordagens ortodônticas e cirúrgicas para a correção da má oclusão em indivíduos com Osteogénese Imperfeita e destacar as implicações clínicas para os médicos dentistas. Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa nas bases de dados PubMed e Web of Science. A revisão incluiu estudos epidemiológicos centrados em intervenções ortodônticas, cirurgia ortognática e abordagens combinadas ortodôntico- cirúrgicas para a correção da má oclusão em pacientes com Osteogénese Imperfeita. Não foram aplicadas restrições de idioma ou ano de publicação. Foram excluídos estudos qualitativos e revisões de literatura que não abordavam o tratamento ortodôntico ou cirúrgico da má oclusão em indivíduos com Osteogénese Imperfeita. Resultados: A literatura sugere que o tratamento ortodôntico e a cirurgia ortognática podem ser bem-sucedidos em indivíduos com Osteogénese Imperfeita, no entanto, as estratégias terapêuticas devem ser adaptadas às necessidades individuais dos pacientes. O tratamento ortodôntico deve ser adaptado à gravidade da doença e à condição geral do paciente. Têm sido propostas várias modalidades de tratamento, incluindo o tratamento ortodôntico convencional, alinhadores transparentes, cirurgia e tratamentos combinados, sendo os resultados dependentes de fatores individuais do paciente. O impacto da terapia com bifosfonatos na movimentação dentária e na cicatrização óssea é um aspeto crítico do planeamento do tratamento. Conclusões: Devido à complexidade da Osteogénese Imperfeita, o tratamento ortodôntico e cirúrgico da má oclusão requer uma abordagem individualizada e multidisciplinar. O planeamento do tratamento deve considerar a qualidade óssea, os efeitos da terapia com bifosfonatos e as potenciais complicações cirúrgicas, de forma a otimizar os resultados e minimizar os riscos. Implicações clínicas: Os médicos dentistas devem estar conscientes das características únicas da Osteogénese Imperfeita e dos potenciais desafios no tratamento ortodôntico. A avaliação minuciosa, a colaboração interdisciplinar e o planeamento cuidadoso do tratamento são essenciais para garantir cuidados seguros e eficazes para estes pacientes.


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