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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVI Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia e Ortopedia Dento-Facial (SPODF) Leiria, 16 e 17 de maio de 2025 | 2025 | 66 (S1) | Page(s) 95


Caso ClÍnico

#SPODF2025-2 Tratamento Interceptivo tardio da Classe III: Otimização da Protração Maxilar com Mini-Implantes


a Prática Clínica Privada

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Volume - 66
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 95
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Received on 09/10/2025
Accepted on 09/10/2025
Available Online on 09/10/2025


Resumo: A etiologia da má-oclusão de Classe III esquelética é principalmente atribuída a discrepâncias entre a maxila e a mandíbula, levando a mordidas cruzadas anterior, posterior e a um perfil facial côncavo. A intervenção precoce é crucial para otimizar a modificação do crescimento, com o momento ideal geralmente antes dos 10 anos de idade. No entanto, muitos pacientes se apresentam para tratamento durante a adolescência, quando o crescimento maxilar está em seus estágios finais. Nesses casos, preocupações estéticas e psicossociais frequentemente levam os pacientes a buscar tratamento imediato, preferindo iniciar a intervenção ortodôntica em vez de esperar pela maturidade esquelética para considerar tratamentos compensatórios ou cirurgia ortognática, a qual muitas vezes é recusada devido ao alto custo financeiro, morbidade ou por serem tratamentos mais invasivos. Apresentaremos um paciente do sexo masculino, de 13 anos, na dentição permanente, com diagnóstico de Classe III esquelética devido a uma maxila retrognática, mandíbula prognática em associação com uma sobremordida profunda, mordida cruzada anterior e desvio funcional anterior. Essas discrepâncias resultaram em um perfil facial côncavo, lábio superior retruído e oclusão comprometida. Preocupações estéticas, funcionais e psicossociais motivaram o início de um tratamento limitado, apesar do estágio avançado do crescimento maxilar. O protocolo de tratamento envolveu uma abordagem interceptiva tardia, utilizando um dispositivo de ancoragem apoiado por mini-implantes, terapia com máscara facial de tração reversa, brackets parciais anteriores e dispositivos oclusais colados nos incisivos inferiores. Os principais objetivos do tratamento incluíram corrigir as discrepâncias sagitais, alcançar overjet positivo e resolver a mordida cruzada anterior. Ao término do tratamento interceptivo, o paciente apresentou correção da mordida cruzada anterior, overjet positivo, com uma melhoria significativa no perfil facial. Esses resultados promoveram um padrão de crescimento mais favorável. O tratamento completo será considerado uma vez que a estabilidade oclusal seja conseguida e o crescimento facial residual seja mínimo. Este caso enfatiza a eficácia da estratégia de tratamento interceptivo tardio em pacientes adolescentes com má oclusão esquelética de Classe III significativa, particularmente quando o momento da intervenção precoce foi perdido. Essa abordagem otimizou com sucesso os resultados estéticos, funcionais e psicossociais, ao mesmo tempo em que minimizou a necessidade de procedimentos invasivos, ilustrando o potencial dos dispositivos de ancoragem esquelética no tratamento da má oclusão complexa.


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