Resumo

Objetivos: Comparar modelos de trabalho obtidos com moldeira individual fechada versus moldeira individual aberta com janela, num desdentado total com rebordo flácido. Materiais e métodos: Numa paciente desdentada total com presença de rebordo flácido na região anterior do maxilar foram realizadas três impressões com técnicas diferentes. Com moldeira standard e alginato (referência1), com moldeira individual e pasta zinquenólica (MF2) e com moldeira individual aberta na zona do rebordo flácido, sendo a impressão feita com pasta zinquenólica e gesso tipo I (MA3). As impressões foram vasadas com gesso tipo III e realizaram-se leituras dos modelos no scanner S600 (Zirkonzhann), obtendo modelos digitais que foram comparados com o software Geomagic Control. Realizou-se a sobreposição digital entre o modelo referência1 e os modelos de trabalho MF2 e MA3. Os resultados foram analisados numa escala de cores, o que permitiu quantificar nos modelos diferenças de volume na zona do rebordo flácido. Resultados: As imagens de sobreposição digital entre o modelo referência1 e o modelo MF2 revelou a existência de compressão dos tecidos na região do rebordo flácido. Nas imagens de sobreposição digital entre o modelo de referência e o modelo MA3 verificou-se, na mesma zona, um notório aumento de volume. Conclusões: O modelo de gesso obtido pela técnica de impressão com moldeira aberta apresenta maior volume na zona do rebordo flácido, comparativamente com as outras duas técnicas utilizadas. O facto de não comprimir os tecidos nessa zona permitirá a execução de uma prótese mais adaptada, com menos tendência a causar compressão nessa zona do rebordo. Nos casos clínicos com rebordo flácido deve ser preconizada a utilização de moldeira individual com janela na área do rebordo flácido. Serão necessários mais estudos, com uma amostra mais alargada, para comprovar a validade destes resultados.