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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 9 a 11 de outubro de 2025 | 2025 | 66 (S1) | Page(s) 69


Investigação Original

#076 Ângulo e Perfil de Emergência como Indicador de Risco para Peri-implantite: a Scoping Review


a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa

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Volume - 66
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 69
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Received on 09/10/2025
Accepted on 09/10/2025
Available Online on 09/10/2025


Objetivos: A peri-implantite é uma patologia inflamatória crónica que compromete os tecidos de suporte dos implantes dentários podendo levar ao seu insucesso clínico. Nos últimos anos, tem-se atribuído um papel etiológico relevante ao desenho protético, nomeadamente ao ângulo e ao perfil de emergência, pela sua influência na acumulação de biofilme e na higiene peri-implantar. Esta ´scoping review” teve como objetivo mapear e analisar a evidência científica disponível relativamente à associação entre o ângulo e o perfil de emergência protéticos e o risco de desenvolvimento de peri-implantite. Materiais e métodos: Esta revisão foi conduzida segundo as diretrizes ´PRISMA-ScR” e com protocolo registado no “Open Science Framework”. As pesquisas foram realizadas nas bases de dados “PubMed”, “Web of Science” e “B-On” até abril de 2025, utilizando linguagem natural e termos Mesh combinados com diferentes operadores booleanos, sem filtros. Foram incluídos estudos transversais, retrospetivos, ensaios clínicos que avaliaram a relação entre ângulo de emergência e/ou perfil de emergência de coroas implanto-suportadas e a saúde dos tecidos peri-implantares, com critérios de inclusão e exclusão bem definidos. A seleção e extração de dados foram realizadas por três revisores independentes. Resultados: Foram selecionados dez estudos, publicados entre 2018 e 2023, que analisaram a relação entre o desenho protético e a peri- -implantite. Em sete deles, verificou-se que ângulos de emergência superiores a 30° e perfis convexos estão associados a maior prevalência de peri-implantite e perda óssea marginal. Perfis côncavos demonstraram favorecer a estabilidade dos tecidos moles e facilitar a higiene oral. Alguns estudos, porém, não evidenciaram correlação estatisticamente significativa entre ângulo ou perfil de emergência e peri-implantite, sobretudo quando outros fatores - como a presença de um ´platform switching”, tipo de conexão implante-pilar ou a localização dos implantes - interferiam na análise dos resultados. Conclusões: Os dados disponíveis sugerem que ângulos de emergência superiores a 30° e perfis convexos podem estar associados a maior risco de peri-implantite. A escolha de ângulos mais reduzidos e perfis côncavos poderá promover maior estabilidade tecidular e facilitar a manutenção higiénica. Contudo, a elevada heterogeneidade dos estudos limita a robustez das conclusões, sendo necessário aprofundar a investigação com estudos prospetivos, controlados e metodologicamente padronizados.


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