Resumo

Objetivos: Avaliar a reprodutibilidade do scanner intraoral Aoralscan Elite com fotogrametria intraoral num modelo de arcada completa com quatro e seis implantes, utilizando scanmarkers calibrados. Materiais e métodos: Num modelo de referência foram aparafusados quatro ou seis scanmarkers calibrados e digitalizado por um operador experiente com o scanner intraoral Elite (Aoralscan Elite; Shining 3D) Os modelos de referência foram obtidos por um scanner industrial de alta precisão (ATOS Compact Scan 12M). Foram avaliados as discrepâncias lineares e angulares entre as digitalizações intraorais e o scanner de referência, para determinação da veracidade e precisão. Os resultados foram apresentados como média e intervalos de confiança a 95%, interpretados com base em limites clinicamente aceitáveis: 150 μm para desvios lineares e 1 grau para discrepâncias angulares. Os dados estatísticos foram analisados através de testes Mann-Whitney U. Resultados: A discrepância entre o Elite e o scanner de referência demonstrou desvios lineares médios de 75,4 ± 56,8 μm e discrepâncias angulares de 0,37 ± 0,27º. No grupo de quatro implantes, 0,53% das medições lineares e 1,67% das medições angulares excederam o limite clínico de 150 μm. Nos grupos com seis implantes, 13,00% das medições lineares ultrapassaram esse limite, mas todas as medições angulares permaneceram dentro dos valores clínicos aceitáveis. Conclusões: O scanner intraoral Aoralscan Elite com fotogrametria integrada demonstrou precisão e reprodutibilidade clinicamente aceitáveis para a digitalização de arcadas completas com quatro e seis implantes, contudo, o aumento do número de implantes e da extensão da arcada reduziu a veracidade.