Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XLV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 9 a 11 de outubro de 2025 | 2025 | 66 (S1) | Page(s) 64
Investigação Original
#071 Padrões de Higiene Oral e Prótetica em Pacientes Reabilitados com Prótese Removível
a Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, Portugal
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 66
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 64
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Article History
Received on 09/10/2025
Accepted on 09/10/2025
Available Online on 09/10/2025
Keywords
Resumo
Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar o método e os conhecimentos de higiene oral dos pacientes portadores de próteses removíveis de pacientes da Clínica Universitária da Universidade Católica Portuguesa. Analisou-se também o estado das próteses removíveis dos pacientes de acordo com os seus hábitos de higiene. Com os dados recolhidos procurou- -se identificar áreas de melhoria no que diz respeito à educação dos pacientes para esta área da higiene oral e protética, de forma a contribuir para uma melhor saúde oral e geral desses pacientes. Materiais e métodos: Este é um estudo observacional transversal que quis compreender as práticas de higiene relacionadas à utilização de próteses removíveis em pacientes da Clínica Universitária da Universidade Católica Portuguesa. Foram recolhidos dados com base em questionários estruturados que abordaram a frequência, os métodos de higiene oral e protética, o tipo e o estado das próteses, as instruções recebidas relativamente aos cuidados a ter com as próteses e complicações associadas, como estomatite protética ou fraturas. Estes dados foram recolhidos através da plataforma Qualtrics e analisados através do programa SPSS. Resultados: Os resultados revelaram uma discrepância entre o conhecimento percebido pelos pacientes e os seus comportamentos reais de higiene. Embora a maioria afirmasse ter informações suficientes, muitos utilizavam produtos inadequados ou realizavam práticas abaixo do recomendado. Não foi identificada associação estatisticamente significativa entre a frequência de consultas e melhores condições da prótese. Da mesma forma, a presença de placa ou resíduos alimentares não se associou consistentemente com sinais clínicos de estomatite protética. O estudo reforça a necessidade de estratégias educativas complementares, como folhetos ilustrativos, para apoiar os cuidados domiciliares e promover maior autonomia do paciente. Conclusões: Verificou-se que a maioria dos pacientes apresenta deficiente higiene das suas próteses removíveis. Existe uma discrepância entre a perceção e a realidade clínica. É importante também referir que as instruções profissionais que os pacientes recebem nas consultas de inserção das suas próteses são insuficientes ou mal compreendidas. Estas instruções devem ser melhoradas e repetidas em diversas consultas de controlo.