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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 9 a 11 de outubro de 2025 | 2025 | 66 (S1) | Page(s) 57


Investigação Original

#064 Diabetes e Qualidade de Vida Relacionada com Saúde Oral em Crianças: um Estudo Comparativo


a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal

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Volume - 66
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 57
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Received on 09/10/2025
Accepted on 09/10/2025
Available Online on 09/10/2025


Objetivos: A Diabetes Mellitus (DM) pode impactar a saúde oral dos indivíduos de diversas formas, podendo existir uma maior propensão para certas manifestações orais. 1) Caracterizar a Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde Oral (Qd- VRSO), as manifestações orais e os comportamentos de saúde oral em indivíduos com DM Tipo I (DM1) em idade pediátrica e compará-los com indivíduos não diabéticos. 2) Determinar os fatores associados à QdVRSO nos indivíduos com e sem DM1. Materiais e métodos: Estudo observacional e transversal dirigido a responsáveis de indivíduos com DM1, idade pediátrica e nacionalidade portuguesa. Para efeitos de comparação foram também considerados responsáveis de indivíduos em idade pediátrica, portugueses e sem DM1. Os dados foram obtidos por um questionário on-line, sendo recolhidas informações sobre os comportamentos de saúde oral, a perceção de saúde oral, as manifestações orais reportadas e a QdVRSO, usando a versão portuguesa da Early Childhood Oral Health Impact Scale (ECOHIS). Foi realizada a estatística descritiva das variáveis e utilizados os testes U-Mann-Whitney, Kruskal-Walli, qui-quadrado e a regressão binomial negativa (α=0,05). Resultados: A amostra foi composta por 235 crianças, sendo 115 com DM1 e 120 sem a doença. Não se observaram diferenças significativas na QdVRSO entre os grupos, embora as crianças com DM1 apresentassem pontuações ECOHIS ligeiramente superiores (4,38 vs. 4,02). Os comportamentos de saúde oral foram semelhantes em ambos os grupos. No entanto, as crianças com DM1 relataram significativamente mais casos de xerostomia (p<0,001). No grupo com DM1, uma melhor QdVRSO verificou-se significativamente associada ao sexo feminino e à ausência de cárie, gengivite e alterações do paladar. Já no grupo sem DM1, a QVRSO relacionou-se com a perceção da saúde oral, o consumo frequente de alimentos açucarados, a estomatite aftosa recorrente, a sensação de ardor oral e a idade. Conclusões: Apesar de os valores da QdVRSO e os comportamentos de saúde oral serem semelhantes entre crianças com e sem DM1, os fatores que influenciam esta variável diferem substancialmente. Estes dados reforçam a importância de estratégias de saúde oral direcionadas, adaptadas às particularidades desta doença crónica.


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