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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 9 a 11 de outubro de 2025 | 2025 | 66 (S1) | Page(s) 46


Investigação Original

#050 Protótipos de Protetores Bucais Impressos em TPU: Estudo Piloto na Absorção de Impacto


a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

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Volume - 66
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 46
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Received on 09/10/2025
Accepted on 09/10/2025
Available Online on 09/10/2025


Objetivos: Na atualidade, a investigação a nível de dispositivos produzidos pelo método de fabrico aditivo é essencial para garantir sustentabilidade, graças ao menor desperdício de materiais e também à possibilidade de personalizar o design consoante o desporto em questão. O principal objetivo do estudo baseou-se em determinar a energia absorvida por protetores bucais impressos em TPU variando em espessura, dureza Shore A e densidade de preenchimento (associada a diferentes padrões geométricos internos que simulam células de ar). Materiais e métodos: Foi utilizado um sistema experimental de impacto em pêndulo (do tipo Charpy) desenvolvido especificamente para o efeito, capaz de transmitir até 4,41 J de energia de impacto, simulando assim episódios de trauma com o protetor na sua forma final (acoplado a uma arcada dentária). Possui ainda um sistema de molas que mimetiza o movimento da cabeça aquando o impacto e a energia transmitida ao atleta. Os resultados foram adquiridos por um potenciómetro de precisão que capta o ângulo do pêndulo em cada instante, permitindo calcular a energia absorvida pelo protetor ao longo do ressalto. Cada amostra foi testada 3 vezes nas mesmas condições. Resultados: Os valores médios de energia absorvida dentro da dureza 85 Shore A por ordem decrescente foram ~98,13% (4mm_100%), ~96,25% (4mm_50%), ~95,50% (2mm_25%), ~88,76% (2mm_100%), ~86,13% (4mm_25%) e ~72,10%(2mm_50%), sendo que maiores valores tendem a refletir melhor desempenho do protetor. Já para a dureza 95 Shore A, os valores mostraram-se inferiores aos da dureza 85 Shore A possivelmente pela sua rigidez, tendo sido de ~81,32% (grupo 2mm_25%), ~78,32% (2mm_100%), ~74,87% (4mm_25%), ~74,19% (2mm_50%), ~69,75% (4mm_100%) e ~39,86% (4mm_50%). Diminuir o preenchimento para esta dureza aparenta melhorar a performance. Conclusões: Os resultados sugerem que os protetores bucais em TPU podem constituir uma alternativa viável do ponto de vista mecânico, ou até superior, aos dispositivos tradicionais em EVA. No entanto, devido ao acabamento de superfície estes dispositivos poderão estar mais sujeitos à acumulação de biofilme, pelo que será relevante investigar a este nível. Sendo este um estudo preliminar, salienta-se a necessidade de investigação subsequente com amostras maiores, maior precisão dos instrumentos e aperfeiçoamento de métodos, de modo a validar a aplicabilidade clínica dos materiais e designs testados.


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