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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 9 a 11 de outubro de 2025 | 2025 | 66 (S1) | Page(s) 45


Investigação Original

#048 Modificação dos tecidos moles peri-implantares adjuvante ao tratamento da peri-implantite


a Área da Medicina Dentária, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal

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Volume - 66
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 45
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Received on 09/10/2025
Accepted on 09/10/2025
Available Online on 09/10/2025


Objetivos: Estudar, a médio prazo, os efeitos clínicos e radiográficos da modificação do fenótipo dos tecidos moles peri- implantares (PISTP), como adjuvante ao tratamento cirúrgico ressetivo da peri-implantite, na mandíbula. Materiais e métodos: Estudo de série de casos prospetivo com 4 doentes (7 implantes), ASA I, sexo feminino, com média de idades de 39,14±8,95 anos, ao longo de 23 a 44 (36,43±8,38) meses. Na consulta de avaliação (T0), os doentes apresentavam Periodontite Estadios I-III Generalizada Grau B e Peri-implantite Classes Ia, IIIa e IIIb, na mandíbula. Após a realização dos passos 1 e 2 do tratamento da periodontite e peri-implantite (T1) (segundo as Guias de Prática Clínica da EFP), não se tendo conseguido a resolução da peri-implantite, avançou-se para o tratamento cirúrgico ressetivo concomitante à modificação do PISTP: ao retalho vestibular suturado coronalmente, adicionou-se um enxerto de tecido conjuntivo, colhido da tuberosidade maxilar e/ou do palato posterior. Após o tratamento cirúrgico, os doentes foram incluídos num programa personalizado de cuidados de suporte periodontal e peri-implantar. As variáveis clínicas e radiográficas analisadas nos implantes, em T0, T1 e no final do estudo (T2), foram: profundidade de sondagem (PPD); índices de sangramento após sondagem (BOP) e supuração à sondagem; índice de placa; altura da mucosa queratinizada (KMW); deiscência de tecidos moles peri-implantares (PSTD); níveis ósseos radiográficos peri-implantares (avaliados em radiografias periapicais, em mesial e distal). Em T2, avaliou-se a modificação do PISTP, o recobrimento das PSTDs e a resolução da peri-implantite. Adicionalmente, foi realizada a avaliação estética do recobrimento das PSTDs, pelos doentes e por um periodontologista (segundo o Implant soft tissue Dehiscence coverage Esthetic Score). Resultados: De T1 para T2, os implantes tratados apresentaram redução da PPD (0,42±0,42 mm) e do índice de BOP (28,57±12,60 % ); aumento da KMW (4,86±2,54 mm); recobrimento das PSTDs (95,24±12,60 %); resolução da peri-implantite em 85,71 % dos implantes (75 % dos doentes). Em T2, as avaliações estéticas dos locais tratados, realizadas pelos doentes e pelo periodontologista, obtiveram pontuações altas. Conclusões: A modificação do PISTP, adjuvante ao tratamento cirúrgico ressetivo da peri-implantite, na mandíbula, melhoraram todos os parâmetros clínicos dos tecidos peri-implantares e alcançaram uma percentagem elevada de resolução da peri-implantite, associado a um bom resultado estético, a médio prazo.


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