Resumo

Objetivos: Este estudo analisa as respostas de um questionário aplicado entre 2024 e 2025, com o objetivo de avaliar a perceção de médicos dentistas e estudantes finalistas de medicina dentária sobre a Harmonização Oro facial, nos domínios da prática clínica, formação e ética/deontologia. Materiais e métodos: Foram obtidas 301 respostas, recolhidas online através de plataformas digitais e fóruns académicos. O questionário, desenvolvido no âmbito de um projeto de investigação internacional, dividia-se em três partes: dados sociodemográficos, formação/prática profissional e ética/deontologia em Harmonização oro facial. Resultados: A maioria dos participantes era do sexo feminino (67,1% ), com idades entre 18 e 25 anos (44,2%). Cerca de 49,2% eram médicos dentistas e 43,2% licenciados. A maioria reconhece o valor da Harmonização orofacial, mas 46,5% desconhecem o seu enquadramento legal atual em Portugal. Além disso, 75,8% consideram que a pressão comercial pode comprometer a ética. Diferenças de opinião surgiram entre géneros: mulheres demonstram maior preocupação com riscos legais, enquanto homens confiam mais no quadro legal vigente. Profissionais mais velhos apontam a necessidade de revisão normativa. Estudantes exigem mais a cobertura do Seguro de Responsabilidade Civil, ao passo que profissionais estabelecidos avaliam mais positivamente a regulamentação atual. Conclusões: A Harmonização Orofacial é um campo em expansão que requer regulamentação clara, formação especializada e compromisso ético para garantir segurança e confiança na prática clínica.