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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 9 a 11 de outubro de 2025 | 2025 | 66 (S1) | Page(s) 4


Caso ClÍnico

#005 Quistectomia complicada com fratura mandibular - Relato de Caso Clínico


a Serviço de Estomatologia da Unidade Local de Saúde de São João, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

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Volume - 66
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 4
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Received on 09/10/2025
Accepted on 09/10/2025
Available Online on 09/10/2025


Introdução: Grandes lesões ósseas da mandíbula podem exigir exérese cirúrgica ampla sendo um forte desafio na cirurgia oral e maxilofacial. Complicações tardias como necrose óssea, exposição ou fratura de placas, fraturas patológicas, parestesias, fístulas orocutâneas, má oclusão e trismo comprometem função, estética e qualidade de vida. O diagnóstico precoce, intervenção adequada e seguimento prolongado são essenciais para prevenção e otimização dos resultados. O queratoquisto, lesão intraóssea benigna localmente agressiva e recidivante, é comum na região mandibular posterior podendo causar destruição óssea e fraturas patológicas especialmente no ângulo mandibular. O tratamento da lesão varia conforme a extensão e inclui descompressão, enucleação e adjuvantes para diminuir recidivas. Fraturas secundárias exigem estabilização cuidadosa para correta consolidação óssea. Apresentamos um caso clínico de fratura mandibular tardia secundária à exérese de queratoquisto com excelentes resultados funcionais e estéticos e sem evidência de recidiva. Descrição do Caso Clínico: Mulher, 48 anos, sem antecedentes médicos relevantes, referenciada à consulta por fratura mandibular tardia após exérese de queratoquisto mandibular extenso. Um mês após a cirurgia a doente relata, durante a mastigação, ter percecionado um estalido acompanhado de sensação de bloqueio súbito da mandíbula, trismo, dor e dificuldade na fala e mastigação. Sob anestesia geral realizou-se revisão cirúrgica da loca da lesão e osteossíntese mandibular com placa de reconstrução mandibular, assegurando estabilização adequada e permitindo reabilitação funcional precoce. O pós-operatório decorreu sem intercorrências, com ausência de dor, sinais inflamatórios ou infeciosos, hemorragia ou edema e recuperação completa da função mastigatória e da fala. Atualmente com sete meses de seguimento a doente permanece assintomática, sem evidência de recidiva, apresentando função mandibular e estética facial preservadas. Discussão e Conclusões: A fratura mandibular secundária evidencia a importância de uma abordagem cirúrgica eficaz em lesões extensas com enfraquecimento ósseo para solucionar e prevenir complicações, recidivas e restaurar a qualidade de vida do doente. A exérese completa da lesão e osteossíntese com placa de reconstrução mandibular, asseguraram estabilidade e recuperação funcional e estética adequadas, reforçando a importância do seguimento clínico e imagiológico rigoroso e da abordagem cirúrgica adequada.


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