Search options

Search
Search by author
Between Dates
to
Volume and Number
&
Spemd Logo

Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

IV Congresso da Sociedade Portuguesa de Endodontologia (SPE) Guimarães, 27 e 28 de Setembro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 84


Caso ClÍnico

#SPE-C23 Reabsorção cervical externa – A propósito de um caso clínico


a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal

  Show More



Volume - 65
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 84
Go to Volume


Received on 27/09/2024
Accepted on 27/09/2024
Available Online on 27/09/2024


Introdução: A reabsorção cervical externa geralmente inicia-se na região cervical da raiz, abaixo da inserção epitelial, com envolvimento do ligamento periodontal, cemento e dentina nas fases iniciais, podendo progredir em várias direções e extensão, até à polpa dentária nos casos mais avançados. Estão descritas diferentes abordagens para o seu tratamento, dependendo da localização e extensão da lesão, visando a eliminação do tecido fibrovascular de granulação e a reconstrução do defeito. A tomografia axial de feixe cónico é um exame radiográfico essencial para o diagnóstico e plano de tratamento. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo masculino, 20 anos, referenciado por pigmentação rosa na zona cervical do dente 11, com o diagnóstico pulpar de pulpite irreversível sintomática e diagnóstico periapical de tecidos periapicais normais. Foram realizadas radiografias periapicais e tridimensionais com tomografia axial computorizada de feixe cónico e obtido o diagnóstico de reabsorção cervical externa com classificação tridimensional 2Bd. Foi realizado o tratamento endodôntico em sessão única com obturação termoplástica com onda contínua de calor. Na fase cirúrgica foi realizado um retalho de base papilar para exposição da cavidade de reabsorção e tecido de granulação, o qual foi removido com brocas laminadas de contra ângulo. Seguidamente foi colocado ácido tricloroacético 90% durante 1 minuto, após o qual a cavidade foi restaurada com resina composta e o retalho foi reposto e suturado. O acompanhamento clínico após 1 ano revelou ausência de sintomas clínicos e tecidos periodontais saudáveis. Discussão e conclusões: A coloração rosa da coroa clínica pode ser observada na reabsorção cervical externa bem como na reabsorção interna, sendo fundamental o diagnóstico diferencial entre ambas, tal como entre a reabsorção externa e cárie cervical. O diagnóstico precoce deste tipo de reabsorção nem sempre é possível, dada por vezes a ausência de sintomas iniciais, uma vez que a apresentação clínica e radiográfica deste tipo de reabsorção radicular é altamente variável, muitas vezes tratando-se de um achado clínico e/ou radiográfico, pelo que o tratamento constitui um desafio clínico, requerendo diferentes materiais e técnicas para a manutenção funcional dos dentes e tecidos biológicos adjacentes afetados. As reabsorções cervicais externas nas quais o acesso e consequentemente um tratamento mais conservador seja possível, apresentam um melhor prognóstico.


Supplementary Content


  Download PDF