Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
IV Congresso da Sociedade Portuguesa de Endodontologia (SPE) Guimarães, 27 e 28 de Setembro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 83
Caso ClÍnico
#SPE-C22 Segundo pré-molar maxilar com 3 canais: Caso clínico
a Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde, Viseu, Portugal
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 65
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 83
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Article History
Received on 27/09/2024
Accepted on 27/09/2024
Available Online on 27/09/2024
Keywords
Resumo
Introdução: O sucesso do tratamento endodôntico depende do completo desbridamento e obturação do sistema de canais radiculares. O conhecimento da anatomia relativamente ao espaço do canal radicular, constitui um pré-requisito básico para o sucesso endodôntico, principalmente nos casos em que são esperados canais radiculares extras. É fundamental e imprescindível que exista por parte do clínico, uma compreensão completa da análise radiográfica, anatomia interna no que diz respeito á câmara pulpar e sistema canalar, de modo a tornar o tratamento endodôntico mais eficaz. Descrição do caso clínico: Paciente do género masculino de 31 anos, foi encaminhado para a realização de tratamento endodôntico, pois apresentava dor contínua no segundo pré-molar maxilar direito(dente 1.5). Após análise radiográfica e inspeção canalar, foi detetado a existência de um canal palatino assim como a presença de uma segunda câmara em vestibular, bifurcando-se em dois canais radiculares no terço médio. Procedeu-se à remoção do teto da segunda câmara vestibular, utilizando pontas de ultrassom SmartX (Densply,Maillefer) para permitir um melhor acesso. O sistema ProTaper Universal (Densply,Maillefer) auxiliou na preparação dos canais, finalizando a obturação com cimento AH Plus(Densply), recorrendo à técnica de compactação lateral de gutta-percha. O presente caso clínico, demonstra um follow-up de 7 anos. Discussão e conclusões: A eventualidade de um segundo pré-molar maxilar apresentar três canais radiculares é considerada rara, variando de 0,3% a 1,1 %. Deste modo, a existência de raízes extras, constitui uma característica crucial, pois se não for realizado o devido tratamento, poderá contribuir para um insucesso endodôntico. Uma correta avaliação e interpretação respetivamente à morfologia anatómica deve ser considerada um parâmetro fundamental para se alcançar o sucesso clínico.