Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
IV Congresso da Sociedade Portuguesa de Endodontologia (SPE) Guimarães, 27 e 28 de Setembro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 80
Caso ClÍnico
#SPE-C14 Cirurgia apical: Última linha na preservação dentária
a Egas Moniz School of Health & Science
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 65
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 80
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Received on 27/09/2024
Accepted on 27/09/2024
Available Online on 27/09/2024
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Resumo
Introdução: O insucesso do tratamento endodôntico pode dever-se à permanência de bactérias no interior do sistema de canais radiculares ou de uma infeção persistente extra-radicular. O presente caso clínico evidencia o impacto do tratamento endodôntico por via cirúrgica da periodontite apical associada a dentes em que o tratamento por via ortógrada não é viável ou poderá não melhorar os resultados previamente obtidos. Descrição do caso clínico: Doente com 60 anos, sexo feminino. Apresenta periodontite apical sintomática no dente 21 com abcesso apical crónico associado e periodontite apical assintomática no dente 11. Dentes reabilitados com coroas cerâmicas que se encontram clinicamente e radiograficamente bem-adaptadas, sendo que o acesso através das mesmas poderia inviabilizar o dente devido a fratura, pelo que se optou pela realização da cirurgia apical de ambos os dentes. Foi utilizado um cimento biocerâmico à base de silicato de cálcio, que devido às suas propriedades biocompatíveis, de osteocondutividade e de selagem, permite obter um isolamento dos tecidos periapicais das bactérias presentes no canal radicular, favorecendo assim uma correta cicatrização dos mesmos. Após 6 meses conseguimos observar uma diminuição da extensão das lesões apicais e clinicamente a ausência de sintomatologia. Discussão e conclusões: O sucesso da cirurgia apical está diretamente relacionado com a qualidade da barreira biocompatível formada aquando da obturação do foramen apical, evitando assim uma migração de bactérias para o interior do canal radicular. É uma opção com taxas de sucesso consideráveis, que evitam a extração dos dentes envolvidos.