Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
IV Congresso da Sociedade Portuguesa de Endodontologia (SPE) Guimarães, 27 e 28 de Setembro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 78
Caso ClÍnico
#SPE-C11 Tratamento cirúrgico e ortógrado da reabsorção cervical invasiva no dente 17
a Universidad Europeia de Madrid
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 65
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 78
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Article History
Received on 27/09/2024
Accepted on 27/09/2024
Available Online on 27/09/2024
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Resumo
Introdução: A reabsorção cervical invasiva é um processo patológico no qual, através de uma lacuna na estrutura dentária entre a junção do esmalte e o cemento radicular, os odontoclastos penetram na dentina e começam a reabsorver o dente. É uma reabsorção de origem externa, portanto na grande maioria dos casos são assintomáticos, pois poupa o canal pulpar. Este é circundado por uma camada protetora conhecida como PRRS, embora em alguns casos avançados possa haver envolvimento pulpar. O seu tratamento é variado, desde meramente observacional em casos avançados, até endodontia, cirurgia, endodontia regenerativa ou terapia pulpar vital. A dificuldade dos casos é a evolução assintomática da reabsorção, que em muitos casos tem causado grande destruição dentária. Descrição do caso clínico: Paciente com sensibilidade aumentada em 17 chega ao ambulatório e observa-se imagem mosqueada em mesial. O diagnóstico pulpar é de pulpite irreversível sintomática com periodonto saudável. Na Tomografía Computorizada de Feixe Cónico confirmamos o diagnóstico de reabsorção cervical invasiva de 2Bp e decidimos fazer um tratamento combinado. Uma primeira consulta endodôntica para instrumentação, limpeza do tecido de granulação e remoção do hidróxido de cálcio, uma segunda consulta cirúrgica para finalizar a limpeza da reabsorção e selamento e uma terceira para finalizar a endodontia. Discussão e conclusões: A utilização da Tomografía Computorizada de Feixe Cónico é fundamental para poder planear corretamente este tipo de casos complexos onde existe dificuldade de acesso à lesão e grande destruição. Às vezes é necessário combinar a abordagem ortógrada e cirúrgica para tratar alguns casos. No check-up de 6 meses, o dente não apresenta sinais de reabsorção ou sinais de periodontite apical.