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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

IV Congresso da Sociedade Portuguesa de Endodontologia (SPE) Guimarães, 27 e 28 de Setembro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 73


Caso ClÍnico

#SPE-C02 As diferentes opções de tratamento da Endodontia atual


a Instituto Universitário de Ciências da Saúde – CESPU

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Volume - 65
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 73
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Received on 27/09/2024
Accepted on 27/09/2024
Available Online on 27/09/2024


Introdução: Nos últimos anos, a endodontia tem experimentado avanços significativos que transformaram a prática clínica e melhoraram os resultados para os pacientes. Alguns dos avanços mais notáveis são a magnificação, o desenvolvimento de materiais biocerâmicos, assim como o uso da tomografia computadorizada de feixe cônico. Todos esses avanços não só permitem que os endodontistas sejam mais conservadores, mas também mais criativos em suas abordagens, oferecendo uma ampla gama de opções terapêuticas desde a realização de uma terapia pulpar vital até um autotransplante. Descrição do caso clínico: Paciente chega à clínica com desconforto no 3º quadrante. Apresenta uma cárie de grande extensão no dente 37 e dente 36. No dente 37, após realizar a exploração clínica, decidimos realizar uma terapia pulpar vital segundo o protocolo estabelecido. No caso do dente 36, tratando-se de um dente previamente tratado com uma cárie não restaurável, avaliamos a opção de realizar um autotransplante dental. Ao escolher o dente doador, decidimos descartar os dentes 38-48 devido à sua proximidade com estruturas sensíveis e optamos pelo dente 18. Realizamos o autotransplante segundo o procedimento estabelecido pela Sociedade Europeia de Endodontia. Após 2 semanas da ferulização, começamos a realizar o tratamento de canais onde enfrentamos uma raiz mesiovestibular com grande curvatura. Discussão e conclusões: A terapia pulpar vital é uma opção de tratamento conservador projetada para preservar a vitalidade da polpa dental em dentes que sofreram cáries profundas, lesões traumáticas ou exposição pulpar acidental. A correta seleção do caso, a técnica do procedimento, assim como o uso de materiais biocerâmicos de última geração, têm apresentado taxas de sucesso superiores a 80%, demonstrando que a terapia pulpar vital pode ser uma alternativa viável à endodontia, preservando a vitalidade pulpar e evitando a desmineralização radicular. Por sua vez, o autotransplante permite a preservação do ligamento periodontal e das estruturas circundantes, o que facilita a integração natural do dente, apresentando taxas de sobrevivência de 70% a 95% em um período de cinco anos. O sucesso depende de uma adequada seleção de casos, técnica cirúrgica e cuidado pós-operatório. Os dentes, mesmo comprometidos com doença periodontal e/ou problemas endodônticos, podem ter uma longevidade que supera o implante médio.


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