Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 60
Investigação Original
#123 Perfil facial em pacientes com prótese total fixa maxilar implanto-suportada – Estudo 3D
a Instituto de Implantologia, Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 65
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 60
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Article History
Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024
Keywords
Resumo
Objetivos: Avaliar a influência de prótese total fixa implanto- suportada maxilar no perfil facial e no suporte labial de pacientes através da utilização de scanner facial. Métodos: Após aprovação da comissão de ética e consentimento informado, foram recrutados 11 pacientes para este estudo clinico de acordo com critérios pré-estabelecidos, seguindo um protocolo padronizado. O scanner facial RAYFace (RFS200, Ver. 2.1.13.2, Ray Co., Ltd, Korea) foi calibrado de acordo com as instruções do fabricante e obtidas digitalizações em repouso e sorriso, antes e após remoção da reabilitação no decurso da consulta de manutenção prostodôntica. Os modelos faciais foram sobrepostos pelo algoritmo de best fit por métodos previamente descritos (Geomagic Control X (3DSystems, USA)). Os resultados foram indicados sob a forma média e desvio padrão de Root Mean Square (RMS) em milímetros, distâncias lineares Linha estética de Ricketts- -Lábio superior (E-Ls) e Pronasale-Pogonion (Pn-Pg) em milímetros e ângulo Pronasale-Subnasal-Lábio superior (Pn-Sn- Ls) em graus. Foi estabelecido nível de significância a 0,05 e realizados testes não-paramétricos conforme apropriado. Resultados: Os pacientes foram avaliados com e sem prótese total fixa superior implanto-suportada em repouso e sorriso. Os valores obtidos de RMS com e sem prótese em repouso foram 2,978 ± 0,352 mm e em sorriso 1,771 ± 0,233 mm com diferenças estatísticas. Na análise de distâncias lineares em repouso detetaram-se diferenças estatisticamente significativas para E-Ls com 7,247 ± 1,64 mm e 11,374 ± 2,308 mm, com e sem prótese, respetivamente. Para Pn-Pg com e sem prótese obtiveram-se 69,083 ± 7,279 mm e 69,631 ± 6,822 mm, embora sem diferenças estatísticas. Na análise angular obtiveram-se 122,953 ± 9,761º com prótese e 134,458 ± 8,176º sem prótese com diferenças estatísticas. Em sorriso com e sem prótese os resultados foram 10,893 ± 1,981 mm e 14,238 ± 1,934 mm para E-Ls, 74,096 ± 6,478 e 74,393 ± 5,819 mm para Pn-Pg, 125,351 ± 8,887º e 139,288 ± 15,468º para Pn-Sn-Ls com diferenças estatisticamente significativas pela utilização da prótese para a distância E-Ls e a média angular Pn- -Sn-Ls. Conclusões: Neste estudo a utilização do scanner facial permitiu avaliar a influência da utilização de reabilitações totais superiores no suporte labial e na dimensão vertical dos pacientes. Futuros estudos deverão criar protocolos reabilitadores previsíveis com o auxílio destas novas tecnologias.