Resumo

Objetivos: Analisar a prevalência de Bruxismo em estudantes de Fisioterapia da Escola Superior de Saúde Fernando Pessoa, relacionando com as suas características individuais e de estudante. Métodos: Estudo do tipo observacional, transversal, correlacional, com uma amostra constituída por 85 participantes, 69.4% do sexo feminino e 30.6% do sexo masculino, com uma média de idades de 22.55 anos, com idades compreendidas entre os 18 e os 37 anos. Os participantes responderam online a questões individuais e de estudante e aos critérios de diagnóstico de bruxismo da American Academy of Sleep Medicine, para analisar a presença e severidade do bruxismo. Resultados: Os alunos de 4º ano representavam a maioria da amostra (n=43, 51%), 15 (18%) pertenciam ao 3º ano, 14 (16%) ao 2º ano e, por fim, 13 (15%) ao 1º ano. Ao questionar os estudantes se achavam que tinham bruxismo as respostas foram maioritariamente positivas em que 65 (76.5%) das pessoas responderam sim. Através dos critérios de diagnóstico, 44.7% dos estudantes acusaram ter bruxismo, em que destes 18.8% era leve, 23.5% moderado e 2.4% severo. A classificação de bruxismo, não apresentou associação com o sexo nem com o ano de escolaridade mas apresentou associação relevante com a perceção dos participantes em relação à condição com a pergunta ´acha que tem bruxismo´ e com época de aparecimento do bruxismo, sendo em qualquer momento do ano letivo. Existiu uma correlação positiva fraca entre a idade e a pontuação final de bruxismo, sendo os mais velhos os que reportaram maior nível de bruxismo. Conclusões: Estes achados sublinham a importância de considerar tanto fatores subjetivos quanto objetivos na avaliação do bruxismo. O bruxismo estava presente em quase metade da amostra o que torna necessário uma maior consciencialização destes estudantes para estratégias de intervenção precoce para mitigar os impactos desta condição.