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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 52


Investigação Original

#108 Padrões de cuidados de higiene oral em pacientes internados – Domicílio vs internamento


a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Porto, EPIUnit – Unidade de Investigação em Epidemiologia, Instituto de Saúde Pública da UP

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Volume - 65
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 52
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Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024


Objetivos: Os pacientes internados sentem-se, de um modo geral, vulneráveis e focados no seu processo de doença. Alguns pacientes, nomeadamente na faixa etária idosa, não possuem hábitos de higiene oral no domicílio. Todavia, com o internamento, há uma negligência dos cuidados orais colocando em risco a saúde geral dos próprios. Isto pode também ser potenciado pela perda de autonomia. Este estudo teve como objetivo conhecer e comparar os hábitos de higiene oral dos pacientes no domicílio e durante o internamento. Métodos: Foi realizada uma entrevista estruturada numa unidade de internamento de um hospital público onde, para além dos dados sociodemográficos, pretendeu-se caracterizar os hábitos de higiene oral, comparando-os com os praticados durante o internamento. Foram incluídos pacientes com idades superiores a 25 anos que se encontravam auto e alo-psiquicamente orientados, e que, de forma consentida, manifestaram interesse em participar neste estudo. Utilizou-se o teste de McNemar para comparação de comportamentos antes e durante o internamento. Foi utilizado um nível de significância de 0,05. Resultados: Obteve-se um total de 45 participantes. A maioria do sexo masculino e com média de idades de 71,2 ± 11,78 anos, tendo o mais novo 47 anos e o mais velho 99 anos. A frequência adequada da higiene oral, no domicílio, é realizada por 48,9% dos participantes, mas no internamento, é de 17,7%. A escovagem no período noturno, durante o internamento é negligenciada, sendo realizada por 21,6%. No domicílio, o fio dentário somente é utilizado diariamente por 4,4%; no internamento, ninguém referiu. Quanto à auto-perceção geral de saúde oral, 48,9% dos participantes avaliaram a capacidade mastigatória como regular a má. Contudo, 64,4% e 66,6% avaliaram como muito boa a boa a capacidade em falar e a saúde geral da cavidade oral, respetivamente. Conclusões: Conclui- se que, na generalidade, a higiene oral é inadequada e desvalorizada no dia-a-dia dos pacientes com idade avançada apesar de a maioria percecionar a sua saúde oral como boa. Quando internados, os seus cuidados orais pioram. Assim, os internamentos hospitalares devem ser aproveitados pelos profissionais de saúde para desenvolver programas de educação para a saúde, de forma a criar hábitos saudáveis nos pacientes. Como a saúde oral não pode ser exceção, é essencial dotar profissionais de saúde qualificados para identificar, instruir e treinar sobre os cuidados orais junto dos pacientes internados.


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