Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 50
Investigação Original
#103 Efeito de adesivos de prótese na rugosidade de superfície de materiais de base de prótese
a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, INEGI, FOB-USP
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 65
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 50
Go to Volume
Article History
Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024
Keywords
Resumo
Objetivos: Avaliar o efeito de dois adesivos de prótese na rugosidade de superfície de três materiais de base de prótese dentária. Métodos: Foram confecionados 27 provetes (20x20x5mm) em 3 materiais, sem qualquer polimento: 9 provetes em polimetilmetacrilato termopolimerizável (Pro- Base Hot), 9 fresados em polimetilmetacrilato (Huge) e 9 impressos em resina (Keyprint). Os provetes fresados e impressos foram obtidos a partir do desenho digital (Meshmixer 3,5). Os dois adesivos testados foram o Corega PowerMax (Haleon) e o Elgydium Fix (Pierre Fabre). Inicialmente (T0) foi avaliada a rugosidade de superfície (Ra e Rz) dos 27 provetes com um Perfilómetro (HommelWerke LV-50), sendo realizados 6 perfis de 4,8 mm em cada um (3 longitudinais, 3 transversais). De seguida, os 9 provetes de cada material foram distribuídos aleatoriamente em 3 grupos: Corega (n=9), Elgydium (n=9), Controlo (n=9). Nos grupos experimentais, os provetes foram colocados em recipientes fechados de plástico e imersos numa solução de 1g de adesivo para 10ml de água destilada; no grupo controlo foram imersos em água destilada. Durante 14 dias, os provetes foram imersos por 16h nas soluções a 37ºC e, depois de lavados em água corrente, nas restantes 8h foram recolhidos em recipientes fechados de plástico e imersos em água destilada à temperatura ambiente. As soluções de adesivos foram renovadas todos os dias. No fim deste período (T1) os provetes foram sujeitos a nova avaliação da rugosidade de superfície, nas mesmas condições que em T0. Os resultados foram analisados, utilizando os testes Kruskal-Wallis e Wilcoxon. Resultados: Tanto em T0 como em T1, foram obtidos 54 resultados por grupo. Em T0, o material fresado foi o que apresentou menor rugosidade (Ra=0,25±0,18; Rz=1,72±0,11), seguindo-se o impresso (Ra=2,17±0,14; Rz=11,81±1,02), e o termopolimerizável com o valor mais elevado (Ra=2,73±0,27; Rz=16,81±1,64). Verificaram- se diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) entre os 3 materiais, para os 2 parâmetros analisados. Para cada material, e em todos os grupos testados, não se detetaram alterações significativas na rugosidade (T0 versus T1) (p>0,05). Conclusões: Nas condições deste estudo preliminar in vitro, o polimetilmetacrilato fresado apresentou menor rugosidade. Ao contrário do que a literatura refere para alguns materiais de base de prótese, não se verificaram diferenças na rugosidade de superfície dos provetes antes e após a submissão aos adesivos, independentemente do adesivo utilizado ou do material testado.