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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 47


Investigação Original

#097 Desgaste oclusal em pacientes dentados e com próteses sobre implantes: Estudo piloto 3D


a Instituto de Implantologia, Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa

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Volume - 65
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 47
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Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024


Objetivos: Avaliar o desgaste oclusal através de uma metodologia digital em pacientes totalmente dentados e pacientes edêntulos reabilitados com próteses totais superiores implanto-suportadas em zircónia monolítica e inferiores metalo-acrílicas. Métodos: Após aprovação pela comissão de ética e consentimento informado, foram selecionados 6 pacientes com dentição natural superior (Dts) e inferior (Dti) e 6 pacientes edêntulos bimaxilares reabilitados com arcadas superiores totais implanto-suportadas em zircónia monolítica (Zr) e metalo-acrílicas inferiores (Hb) de acordo com critérios previamente definidos, e realizadas as digitalizações das arcadas com recurso a um scanner intra-oral (Trios 3, 3 Shape) na visita inicial (T0) e após 12 meses de utilização (T12). Os ficheiros Standard Tesselation Language (STL) obtidos foram importados para um software de análise tridimensional (Geomagic Control X, 3D Systems, EUA) onde foram sobrepostos e alinhados pelo algoritmo de best fit, recorrendo a métodos previamente descritos. O desgaste foi avaliado através da média e desvio padrão do Root Mean Square (RMS) em milímetros (mm) para cada grupo (Dts, Dti, Zr, Hb) após 12 meses em função. Foi realizado o teste Shapiro?Wilk para determinar a distribuição da amostra, o teste Kruskal?Wallis com correcção de Bonferroni para comparar entre grupos e estabelecida uma significância de 0,05. Resultados: Para os pacientes dentados os valores obtidos foram de 0,06 /-0,017 mm para Dts e 0,07 /- 0,09 mm para Dti sem diferenças estatisticamente significativas entre eles. Para os pacientes reabilitados com próteses totais sobre implantes no grupo Zr detetou-se 0,11 /- 0,05 mm e 0,16 /- 0,05 mm no grupo Hb. Ao final de 12 meses de utilização foi possível detetar desgastes oclusais estatisticamente superiores nos pacientes com reabilitações implanto suportadas quando comparados com os pacientes dentados, sendo esse desgaste superior nas reabilitações metalo acrílicas. Conclusões: A metodologia proposta neste estudo piloto permitiu avaliar o desgaste oclusal dentário e de diferentes tipos de reabilitação total implanto suportada em contexto clínico permitindo desta forma acompanhar os padrões de desgaste individual. Estudos futuros deverão aumentar o tamanho amostral e o período de follow up de forma a permitir avaliar os padrões de desgaste de acordo com o tipo e material em pacientes reabilitados.


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