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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 46


Investigação Original

#095 Avaliação do torque máximo em prótese sobre implantes: Estudo piloto laboratorial


a Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Medicina Dentária, Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Tecnologia e Gestão, CI% 26DEI, Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Medicina Dentária, CIIS (Centro de Investigação Inter

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Volume - 65
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 46
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Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024


Objetivos: O torque de aperto dos parafusos protéticos é um fator essencial na reabilitação implanto-suportada. Esse torque pode ser obtido com instrumentos calibrados ou com aparafusamento manual, observando-se poucos estudos sobre este último. Este estudo tem por objetivo analisar os fatores que afetam o torque máximo obtido com aparafusamento manual. Métodos: Foi desenhado um estudo piloto laboratorial, observacional transversal. Uma amostra de conveniência foi obtida de uma população de professores e estudantes universitários (n=10 e n=20, respetivamente). A amostra foi caracterizada por género, idade, área de interesse, índice de massa corporal e mão dominante. Utilizou-se uma chave protética curta e longa, em várias condições de trabalho: luvas de nitrilo, de látex, e sem luvas; cenários seco e húmido. Os participantes foram informados / instruídos sobre o protocolo experimental. Os valores de torque foram medidos usando um torquímetro de bancada (PCE Instruments™, PCE-CTT 2), certificado e calibrado. As medições foram efetuadas numa sessão de 8-10 minutos, por participante. Foi efetuada uma análise estatística descritiva e inferencial (ANOVA) para analisar a influência das variáveis referidas (limiar de significância de 0,05). Resultados: O tipo de utilizador e o tipo de luva influenciam significativamente o valor de torque. Os professores exibiram valores mais elevados [média: 17,7 N/Cm (seco) e 16,1 N/Cm (húmido)] comparativamente aos estudantes [(média: 15,4 N/Cm (seco) e 14,6 N/Cm (húmido)] (p=0,023). Com luvas de nitrilo obtiveram-se valores de torque mais elevados [média: 17,9 N/Cm (seco) e 16,3 N/Cm (húmido)], comparativamente a sem luvas [média: 14,8 N/ Cm (seco) e 13,6 N/Cm (húmido)] (p=0,007). Essas diferenças não foram significativas entre luvas de nitrilo e látex ou entre luvas de látex e sem luvas. Importa referir que vários utilizadores referiram fadiga e desconforto ao utilizar as chaves protéticas, após a série de ensaios efetuados. Conclusões: Este estudo piloto permitiu concluir que a experiência de utilização destas chaves protéticas, assim como o tipo de luva, influenciam o valor de torque máximo obtido no aparafusamento dos parafusos protéticos. Importa ainda realçar a necessidade de melhorar a ergonomia das chaves protéticas para minimizar o desconforto relatado nos apertos máximos efetuados.


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