Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 45
Investigação Original
#094 Inovação em revestimentos de implantes: Impacto na adesão e eficácia antimicrobiana
a UFP-FCS, UFP-EMCB, FP-I3ID-FCS, RISE-Health, CEISUC-CIBB
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 65
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 45
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Article History
Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024
Keywords
Resumo
Objetivos: O propósito deste trabalho é comparar revestimentos inovadores sob uma perspetiva microbiológica. Especificamente, avaliando o impacto de cada revestimento na adesão bacteriana, na formação de biofilme e na eficácia antimicrobiana. Ao analisar os resultados microbiológicos associados a cada tipo de revestimento inovador, este poster tem como objetivo identificar as estratégias mais eficazes para maximizar o sucesso a longo prazo dos implantes dentários. Métodos: Foram registadas e comparadas as informações de cada um dos estudos selecionados relativamente a: adesão bacteriana, formação de biofilme, eficácia antimicrobiana, citocompatibilidade e potenciais osteogénico e angiogénico que caracterizam cada um dos revestimentos avaliados. Resultados: Os revestimentos que contêm nanopartículas de prata, prata iónica e cobre demonstram propriedades antibacterianas significativas, rompendo as paredes celulares bacterianas e impedindo a adesão às superfícies. Os nanoestruturados também reduzem eficazmente a adesão bacteriana através da criação de barreiras físicas. Os revestimentos de polímeros carregados com vancomicina inibem fortemente a formação de biofilme, mesmo em doses mais baixas, proporcionando uma proteção duradoura. Aqueles que combinam agentes antimicrobianos com componentes bioactivos, como os revestimentos à base de zein, vidro bioativo e cobre, não só inibem a formação de biofilme como também promovem a integração dos tecidos, mantendo um ambiente peri-implantar saudável. Alguns revestimentos mostraram uma elevada eficácia antimicrobiana, evidenciada por contagens reduzidas de unidade formadora de colónias e grandes zonas de inibição, particularmente contra Staphylococcus aureus resistente à meticilina, realce a eficácia de largo espetro da prata e do cobre. Os revestimentos de libertação controlada oferecem uma proteção sustentada contra a colonização bacteriana, essencial para prevenir infecções em fase inicial e garantir uma eficácia a longo prazo. Conclusões: Revestimentos antimicrobianos avançados reduzem a adesão bacteriana e a formação de biofilme, usando agentes como prata, cobre e vancomicina. Os revestimentos bioativos, incluindo compósitos bioativos de vidro/cobre e nanotubos de dióxido de titânio, promovem a osteogénese e a angiogénese, melhorando a osseointegração e a estabilidade dos implantes. Além disso, apresentam uma boa citocompatibilidade, apoiando a proliferação celular, o que é crucial para uma utilização segura a longo prazo.