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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 43


Investigação Original

#090 Oclusão vascular labial em preenchimentos com ácido hialurónico – revisão sistemática


a Unidade Local de Saúde da Arrábida, Unidade Local de Saúde de Santa Maria, Instituto Português de Oncologia do Porto

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Volume - 65
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 43
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Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024


Objetivos: Esta revisão sistemática visa investigar a literatura recente sobre o uso de preenchimentos com ácido hialurónico para aumento labial, focando-se na incidência de oclusões vasculares, técnicas de prevenção, sintomas e sinais, consequências de oclusões não tratadas e o papel da hialuronidase. Métodos: Foi realizada uma pesquisa na base de dados PubMed, cobrindo artigos publicados nos últimos 10 anos. Os termos de pesquisa incluíram ´vascular occlusion filler hyaluronidase protocol”, “labial vascular occlusion hyaluronic acid” e “lip enhancement complications”. Os critérios de inclusão abrangeram estudos que detalham a incidência de oclusões vasculares, técnicas de prevenção, protocolos de tratamento e resultados clínicos, tendo sido selecionados 32 artigos. Resultados: O ácido hialurónico é amplamente utilizado devido à sua segurança e eficácia. A procura de preenchimentos labiais continua a crescer, com milhões de procedimentos realizados anualmente. A incidência de oclusões vasculares relatada nestes procedimentos varia entre 0,001 a 0,1% casos por ano. Existem técnicas preventivas que incluem o uso de cânulas em vez de agulhas, a utilização de ecografia, injeções lentas e de baixa pressão e a aspiração prévia à injeção, evitando inoculações intravascular es. Os sintomas de oclusão vascular incluem dor imediata, palidez ou coloração azulada da área afetada. Não tratada, pode levar a isquemia tecidual, necrose e cicatrizes permanentes. O diagnóstico precoce é crucial para prevenir complicações severas. A hialuronidase é a enzima de escolha para degradar preenchimentos com ácido hialurónico, revertendo a oclusão. A preparação consiste em dissolver o pó da enzima em solução salina estéril. Protocolos recentes sugerem a administração de doses altas, entre 150 a 300 unidades ou mais, diretamente na área afetada e ao longo do trajeto arterial, repetindo a cada 15-30 minutos, garantindo a dispersão adequada da enzima e a rápida degradação do preenchimento, até que a reperfusão seja alcançada. Monitorização contínua e terapêutica adjuvante como vasodilatadores e corticoides são essenciais para a eficácia do tratamento. Conclusões: O uso de preenchimentos com ácido hialurónico, embora geralmente seguro, acarreta um risco de oclusão vascular, uma complicação potencialmente grave. O reconhecimento e tratamento imediatos com hialuronidase são essenciais para evitar desfechos adversos. A utilização de técnicas preventivas e protocolos estabelecidos minimiza os riscos e aumenta a segurança do paciente.


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