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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 42


Investigação Original

#087 Avaliação do impacto dos contraceptivos orais sobre o periodonto


a Clinical Research Unit (CRU), Centro de Investigação Interdisciplinar Egas Moniz (CiiEM), Instituto Universitário Egas Moniz, Almada, Portugal

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Volume - 65
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 42
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Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 10/10/2024


Objetivos: Descrever a prevalência da doença periodontal em pacientes que utilizam contraceptivos orais (CO), relacionando- a com os parâmetros clínicos periodontal, em pacientes na Clínica Dentária Egas Moniz (CDEM). Métodos: Estudo piloto transversal. Amostra aleatória constituída por 42 participantes femininas, de idade 19 a 29 anos, que compareceram nas consultas da Clínica Dentária Egas Moniz (CDEM) de dezembro de 2023 a março de 2024. O estudo foi aprovado pela comissão da ética do Instituto Universitário Egas Moniz (IUEM) e todos os participantes consentiram a sua participação mediante um consentimento informado e garantiu-se a total confidencialidade dos dados. Foi aplicado um questionário na recolha dos dados sociodemográficos, hábitos de saúde oral e detalhes do uso de CO e realizou- se um exame clínico na recolha dos parâmetros clínicos periodontais: níveis de placa (Índice de Placa: IP), condição gengival (Bleeding On Probing: BOP) e perda de inserção periodontal (Clinical Attachment Loss: CAL). No final de cada consulta, foi dado um questionário diário para monitorizar alterações nos sintomas orais durante um ciclo menstrual de 28 dias. Os dados foram analisados utilizando o IBM SPSS Statistics® v.27 para determinar a associação entre o uso de CO e a doença periodontal, com valores de p <0,05 sendo significativos. Resultados: A idade média da amostra total foi de 23,5±2,2 ano, sendo mais prevalente a etnia caucasiana (78,6% ), estudantes (95,2%), com nível de estudo superior (90,4%) e solteiros (88,1%).
A amostra foi dividida em 2 grupos: Grupo Experimental (GE) que administram CO (n=21) e Grupo Controlo (GC) que não administram CO (n=21). A idade média no GC e GE foram de 23,5±1,8 e 23,5±2,6 ano, respectivamente. Os parâmetros clínicos periodontais não demostraram diferenças significativas com o uso CO, mas verificou-se uma prevalência da perda de inserção (CAL) no GE, que administram CO >=5 anos (p=0,024). Conclusões: Neste estudo foi possível observar o impacto significativo da administração dos contracetivos orais na saúde periodontal. Os contracetivos orais podem ser um fator de risco para a progressão da doença periodontal e os profissionais de saúde oral devem ter em consideração as influências hormonais nos diagnósticos da doença periodontal, enfatizando a necessidade de maior conscientização e estratégias preventivas para mulheres em idade reprodutiva que os utilizam.


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