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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 40


Investigação Original

#083 Avaliação da má-oclusão (Baby-ROMA) na população pré-escolar do Distrito de Lisboa


a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal

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Volume - 65
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 40
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Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024


Objetivos: Avaliação da necessidade de tratamento ortodôntico e do risco de má-oclusão na dentição decídua na população pré-escolar do Distrito de Lisboa, pela aplicação do índice Baby-ROMA (Risk Of Malocclusion Assessment). Métodos: Foi realizado um estudo transversal numa amostra aleatória e representativa da população-alvo, em 25 jardins- -de-infância do Distrito de Lisboa. Foram incluídas todas as crianças das escolas selecionadas com idades entre os 3 e os 6 anos, com dentição decídua exclusiva e com autorização dos responsáveis legais. A informação relativa ao Índice Baby-ROMA foi obtida através da aplicação de um questionário aos pais e de uma observação oral. O Baby-ROMA permite avaliar o risco de má-oclusão e a necessidade de tratamento ortodôntico na dentição decídua. Avalia parâmetros sistémicos, craniofaciais, dentários e funcionais que podem representar fatores de risco para o crescimento e desenvolvimento da região orofacial. Foi realizada uma análise estatística descritiva. Resultados: A amostra final incluiu 426 crianças com uma idade média de 4,2 anos. Verificou-se que 81% das crianças apresentavam um alto risco de má-oclusão, 10% um risco moderado e 9% um baixo risco. A necessidade de tratamento revelou-se ´Alta” em 28% da amostra, “Moderada” em 5% e “Baixa” em 67%. Os itens do índice Baby- ROMA mais frequentes foram os relacionados com problemas respiratórios, hábitos de sucção não-nutritivos, bruxismo e presença de cárie. Conclusões: A proporção de crianças com alto risco de má-oclusão verificou-se bastante elevada, principalmente devido à presença de situações preveníveis. Por este motivo, as necessidades de tratamento ortodôntico revelaram-se comparativamente mais baixas. Estes resultados enfatizam a importância da identificação dos fatores de risco modificáveis e implementação de medidas preventivas e intercetivas.


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