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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 40


Investigação Original

#082 Recuperação de patência apical no retratamento de dentes obturados com AH Plus Biocerâmico


a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, Departamento de Produção e Sistemas da Escola de Engenharia, Centro ALGORITMI, Universidade do Minho

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Volume - 65
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 40
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Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024


Objetivos: Comparar a eficácia de diferentes soluções na recuperação de patência apical durante o retratamento endodôntico não cirúrgico de dentes obturados com cimento AH Plus Biocerâmico. Métodos: Após cálculo amostral, 85 dentes humanos pré-molares monorradiculares extraídos, com canal reto e redondo, foram calibrados de acordo com o comprimento do canal, instrumentados e obturados intencionalmente 2 mm acima do comprimento de trabalho, usando guta-percha e cimento AH Plus Biocerâmico (Dentsply Sirona). Decorridas 5 semanas, a guta-percha foi removida utilizando a lima Reciproc 25, ficando os últimos 2 mm apicais do comprimento de trabalho preenchidos somente com cimento. De seguida, as amostras foram divididas aleatoriamente em 5 grupos (n=17), de acordo com a solução utilizada para recuperação da permeabilidade apical: G1 – Água destilada (controlo); G2 - 5,25% Hipoclorito de sódio; G3 – 17% Ácido Etilenodiaminotetracético; G4 – 40% Ácido cítrico e G5 – 10% Ácido fórmico. A recuperação de patência apical foi testada por um único operador, sem possibilidade de identificar os grupos experimentais. Utilizaram-se limas manuais C (Dentsply Maillefer) até um limite máximo de 10 minutos. O tempo foi registado em segundos. O teste de Kruskal-Wallis foi utilizado para comparação dos diferentes grupos, considerando um nível de significância de p<0,05. Resultados: A patência apical foi alcançada em todos os canais, exceto num no G1 e outro no G2. A mediana, em segundos, do tempo decorrido para recuperação de permeabilidade no G1 foi de 28,5, no G2 de 47, no G3 de 30, no G4 de 27 e no G5 de 37. Comparando os diferentes grupos não se detetaram diferenças estatisticamente significativas entre eles (p>0,05). Conclusões: Embora os cimentos à base de silicato de cálcio apresentem inúmeras vantagens, o seu retratamento pode ser um desafio. Concluímos que independente da solução utilizada, a permeabilidade apical foi alcançada na grande maioria dos canais previamente obturados com AH Plus Biocerâmico. No entanto, neste trabalho apenas se avaliaram canais retos e redondos, o que pode limitar a extrapolação dos resultados. São necessários mais estudos, avaliando outros parâmetros como anatomias complexas e diferentes tipos de cimentos à base de silicato de cálcio.


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