Resumo

Objetivos: O objetivo deste estudo é caracterizar morfometricamente o buraco palatino maior (BPM), bem como determinar as suas relações anatómicas, com base na observação de Tomografias Computorizadas de Feixe Cónico de uma população portuguesa. Métodos: Fez-se um estudo retrospetivo, com base num arquivo clínico, de uma amostra de 50 indivíduos (25 do sexo feminino e 25 do sexo masculino) cuja ficha clínica incluía uma CBCT abrangendo a totalidade da maxila e todos os dentes permanentes erupcionados (de terceiro molar a terceiro molar), idade e sexo. Mediram-se os diâmetros ântero-posterior e lateromedial do BPM e as distâncias a partir do centro do BPM, em milímetros: BPM–Espinha Nasal Posterior (ENP), BPM–Bordo Posterior do Palato Duro (BPPD), BPM–Espinha Nasal Anterior (ENA), BPM–Sutura Palatina Mediana (SPM), BPM-Buraco Incisivo (BI) e classificou-se a posição do BPM relativamente aos molares superiores assim como a forma e a direção de abertura para a cavidade oral. Realizou-se uma análise descritiva global. Resultados: Análises métricas (média em milímetros): diâmetro ântero-posterior 5,35; diâmetro lateromedial 2,24; BPM-ENP 16,26; BPM-BPPD 4,83; BPM-ENA 49,94; BPM-SPM 14,74; BPM-BI 35,18. Posição em relação aos molares (em % ): 0% anterior ao 2º molar, 3% oposto ao segundo molar, 15% entre o 2º e o 3º molares, 77% oposto ao 3º molar, 5% distal ao 3º molar. Forma: oval 71%, fenda 26%, redondo 1%, outra 2%. Conclusões: A forma mais prevalente do BPM, na população analisada, é oval, e a sua posição mais prevalente é oposta ao 3º molar.