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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 29


Caso ClÍnico

#062 expansão rápida maxilar com tração de canino incluso: Contorno do prognóstico em adulto


a Unidade Local de Saúde São José

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Volume - 65
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 29
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Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024


Introdução: Os caninos têm importância estética e funcional como suporte tecidular e guias de oclusão. A sua erupção longa e complexa pode associar-se a erupção ectópica ou impactação. A taxa de inerupção do canino permanente maxilar é de 2% . Em idades avançadas a sua abordagem é desafiante pela menor elasticidade óssea, resistência à expansão, risco de fenestração e de reabsorção radicular. Descrição do Caso Clínico: Mulher, 24 anos, saudável, sem traumatismos orofaciais foi referenciada a Estomatologia com preocupação estética dentária. Apresentava biótipo dolicofacial, classe I esquelética, aumento do terço facial inferior e assimetria mandibular. Intraoralmente constatou-se desvio direito da linha média (LM) superior e esquerdo da LM inferior; palato ogival (discrepância transversal com relação intermolar em défice superior de 10 mm); apinhamento incisivo, mordida cruzada (12 a 16, 25-26) e topo a topo (22 a 24); ausência de 13 (palpável no palato); relação canina classe II de Angle esquerda, e molar classe II bilateral. A ortopantomografia e telerradiografia lateral confirmaram inclusão de 13 com sobreposição horizontal da coroa no ápex de 12, angulação superior a 30º e ápex sobre a raíz de 15. Procedeu- -se a expansão maxilar com Hyrax (60 dias, 1/4 de volta de ativação diária); alinhamento da arcada superior até obtenção de espaço para 13 com uso de mola em arco de aço 0.20; exposição cirúrgica de 13, adesão de botão e tração indireta com ligadura elástica ao arco. Arcada superior trabalhada até consolidação final com arcos de aço 0.21x0.25 e inferior até arco de aço 0.20. Terminou com alinhamento da LM superior, descruzamento da mordida, 13 na arcada e relações caninas e molares classe I bilateralmente. Registou-se recessão gengival classe I de Miller em 13-14, com leve perda óssea vertical interproximal, sem rizálise/aumento da mobilidade. A doente foi encaminhada para Periodontologia, sem recidivas até à data. Discussão e Conclusões: Este caso ilustra o sucesso ortodôntico de uma abordagem baseada em fatores individuais: idade adulta, gravidade da inclusão e discrepância transversal sem aceitação cirúrgica pela doente. A expansão maxilar aumentou a dimensão transversal, corrigiu a mordida e criou espaço para o posicionamento de 13. A resolução da inclusão realizou-se eficazmente com exposição cirúrgica e tração progressiva. O tratamento proporcionou harmonia oclusal e funcional passível de ser usada em casos complexos idênticos.


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