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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 25


Caso ClÍnico

#052 Carcinoma pavimento celular em contexto de leucoplasia verrucosa proliferativa: caso clínico


a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal

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Volume - 65
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 25
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Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024


Introdução: O carcinoma pavimento celular é a neoplasia maligna mais frequente na cavidade oral. Os hábitos tabágicos e alcoólicos são os principais fatores de risco, juntamente com a infeção por alguns subtipos do vírus do papiloma humano particularmente para o cancro da orofaringe. Muitos casos de cancro oral desenvolvem-se a partir de alterações na mucosa oral preexistentes, conhecidas como lesões potencialmente malignas. A leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP) corresponde a uma forma rara e distinta de leucoplasia multifocal, de etiologia desconhecida e com elevado potencial de malignização. Descrição do Caso Clínico: Doente do sexo masculino, com 68 anos, nega consumo de álcool e de tabaco, veio referenciado à consulta de medicina oral da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. No exame objetivo observaram-se múltiplas lesões brancas, em placa, não destacáveis, com superfície verrucosa e assintomáticas, dispersas por toda a mucosa oral, sugestivas de LVP. Foi ainda identificada uma lesão erosiva sobre uma placa branca no pavimento bucal, com suspeita de neoplasia. Foi realizada uma biópsia dessa lesão, cujo exame anatomopatológico confirmou a presença de áreas de displasia epitelial e de carcinoma pavimento celular. Discussão e Conclusões: O caráter progressivo e recidivante da LVP dificulta o seu tratamento, não existindo, atualmente, qualquer terapêutica médica ou cirúrgica curativa. Por outro lado, não é possível prever ou prevenir a sua transformação maligna que ocorre mais de metade dos casos. O médico dentista desempenha, por isso, um papel fundamental no acompanhamento regular destes doentes, por forma a permitir o diagnóstico precoce de lesões suspeitas de malignidade, melhorando o prognóstico da doença oncológica.


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