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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 21


Caso ClÍnico

#045 abordagem clínica de lesões periapicais extensas de origem endodôntica – Série de casos


a Serviço de Estomatologia da ULS de Coimbra, Área de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Instituto de Endodontia e CIROS da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Laboratório de Bacteriologia Geral Serviço de Patologia Clínica da ULS de Coimbra

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Volume - 65
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 21
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Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024


Introdução: As lesões periapicais de origem endodôntica decorrem de uma infeção persistente, consequência de necrose pulpar. A persistência da infeção induz uma resposta imune inflamatória que culmina na formação de granulomas, abcessos, ou quistos. A partir dos 5 mm de dimensão no seu maior eixo, estas lesões são consideradas de tamanho crítico. Atualmente, não existe um protocolo terapêutico definido, contudo preconiza-se o tratamento endodôntico como abordagem de primeira linha. Porém, face às suas dimensões, na maioria dos casos torna-se fundamental associar um método adjuvante para o controlo da infeção, destacando-se a enucleação, a marsupialização e a descompressão, sendo este último o mais conservador. A presente série de casos relata a abordagem terapêutica de quinze casos clínicos de lesões periapicais extensas de origem endodôntica, submetidos ao tratamento endodôntico não cirúrgico, descompressão e, quando necessário, microcirurgia apical. Descrição dos Casos Clínicos: A maioria das lesões situava-se no maxilar, com sintomatologia associada e sinais de abaulamento e/ou edema. Como exames complementares de diagnóstico destaca-se o uso de testes de sensibilidade e vitalidade pulpar, que confirmaram a tendência de associação destas lesões à presença de dentes necrosados ou previamente endodonciados; tomografia computorizada de feixe cónico, para cálculo do volume inicial e pós-descompressão das lesões, e análise microbiológica. A abordagem terapêutica incluiu o tratamento ou retratamento endodôntico não cirúrgico em todos os pacientes. Adicionalmente, realizou-se o procedimento de descompressão com colocação de dreno (em seis pacientes), através da técnica de irrigação e aspiração simultâneas (em três pacientes) ou associação de ambas as técnicas (em seis pacientes). O período de descompressão via dreno foi, em média, 9 meses. Oito pacientes foram posteriormente submetidos a microcirurgia apical. Os casos clínicos apresentam um período de seguimento de 3 meses a 6 anos (média de 15 meses). Discussão e Conclusões: A combinação do tratamento endodôntico não cirúrgico com o procedimento de descompressão, independentemente da(s) técnica(s) utilizada( s), permitiu taxas de redução significativas do volume das lesões. Independentemente da resolução das lesões, a descompressão possibilitou a redução do tamanho e o espessamento da membrana da lesão, minimizando os riscos, invasividade e complexidade da intervenção cirúrgica subsequente, quando necessária.


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