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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 20


Caso ClÍnico

#040 Tratamento endodôntico após ortodontia – Do diagnóstico ao follow-up


a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal

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Volume - 65
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 20
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Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024


Introdução: A evidência atual sugere que o tratamento ortodôntico não induz a perda da vitalidade pulpar. Porém, a aplicação de forças ortodônticas pode promover alterações na polpa dentária que, associadas a um potencial trauma oclusal, podem induzir o desenvolvimento de patologia. Por conseguinte, podem surgir complicações endodônticas decorrentes do tratamento ortodôntico. Este caso clínico mostra a abordagem para uma lesão apical extensa detetada após tratamento ortodôntico. Descrição do Caso Clínico: Paciente de 38 anos do género feminino com história de tratamento ortodôntico nos últimos cinco anos e ausência de patologias/medicação. Apresentava fístula vestibular no dente 22 com histórico recente de abcesso e sintomatologia dolorosa. Na radiografia foi possível visualizar uma lesão apical que envolvia as raízes dos dentes 21 e 22. Após realização de testes de sensibilidade, verificou-se a ausência de resposta ao teste do frio apenas no dente 22. Foi estabelecido o diagnóstico de necrose pulpar com periodontite apical crónica sintomática no dente 22 e planeado o respetivo tratamento endodôntico. O tratamento foi realizado em sessão única, sob isolamento absoluto e ampliação. Foi realizada a instrumentação com o sistema WaveOne Gold (Dentsply, EUA), desinfeção com hipoclorito de sódio (Chloraxid 5,25% , Cerkamed, Polónia) e obturação com gutta-percha e cimento resinoso (AH Plus, Dentsply, EUA) por compactação vertical a quente. A restauração da cavidade de acesso foi realizada com resina composta (Tetric Evoceram, Ivoclar, Liechtenstein). A paciente foi acompanhada e monitorizada aos seis meses, verificando-se diminuição da lesão pré-existente e ausência clínica de fístula ou sintomas. Discussão e Conclusões: Embora o tratamento ortodôntico seja associado a uma baixa ocorrência direta de complicações, é necessário considerar as possíveis interações no complexo pulpo- dentinário. Estas, quando associadas a outros fatores, podem potencializar complicações, e originar situações de necrose pulpar e perda óssea significativa como descrito no presente caso clínico. O tratamento endodôntico, quando associado a um correto diagnóstico e planeamento, demonstra ser uma opção conservadora e viável nessas situações. Concomitantemente, é fundamental e imprescindível a monitorização do paciente pós-tratamento.


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