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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 18


Caso ClÍnico

#037 Pré-molar superior com configuração tipo IV, instrumento separado e canais obliterados


a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal

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Volume - 65
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 18
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Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024


Introdução: É de extrema importância o conhecimento do número médio de canais radiculares num determinado dente. A prevalência da configuração Vertucci tipo IV num segundo pré-molar superior é de 16,9% . A obliteração do canal pulpar é caracterizada pela deposição de tecido duro no espaço do canal radicular e pela coloração amarela da coroa clínica. O mecanismo exato da obliteração é desconhecido, mas acredita-se que esteja relacionado com danos no fornecimento neurovascular da polpa no momento da lesão. Canais obliterados tendem a aumentar a incidência de complicações intraoperatórias, como instrumentos fraturados. Descrição do Caso Clínico: Um paciente do sexo masculino, 72 anos, foi referenciado para o tratamento endodôntico do dente 25 após fratura de um instrumento no canal vestibular. O exame radiográfico revelou uma lesão periapical radiolúcida associada ao dente 25 e a presença de um instrumento fraturado no canal vestibular, bem como a ausência de uma imagem compatível com canais radiculares a partir do terço médio. No exame clínico, verificou-se uma resposta dolorosa à percussão vertical, horizontal e à palpação. Foi feito o diagnóstico de dente com tratamento endodôntico previamente iniciado e periodontite apical sintomática. Realizou-se o tratamento endodôntico não cirúrgico, no qual foi removido o instrumento fraturado foi removido com auxílio de uma lima H, a obliteração canalar foi eliminada, e posteriormente foi feita a reabilitação com uma coroa metalo-cerâmica e espigão fibra de vidro. Um ano depois, verificou-se uma evolução favorável da lesão periapical. Discussão e Conclusões: A obliteração canalar radiográfica completa não significa necessariamente a ausência de espaço canalar, pois histologicamente sabemos que existe um espaço com tecido pulpar. Regra geral, a obliteração canalar ocorre numa direção corono-apical. A negociação de canais obliterados é um desafio, e normalmente são utilizadas, numa fase inicial, limas de pequeno calibre para facilitarem a identificação do trajeto original do canal. Uma vez identificado o canal original, o instrumento tende a progredir mais facilmente à medida que avança na direção apical até se atingir a permeabilidade apical. Quando a permeabilidade apical é atingida, o caso torna-se mais previsível. É de extrema importância saber que instrumentos utilizar na abordagem de canais obliterados, de forma a evitar acidentes intraoperatórios e alcançar o objetivo principal do tratamento endodôntico.


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