Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 15
Caso ClÍnico
#030 Reabilitação de dentes endodonciados em casos de destruição coronária severa:caso clínico
a Egas Moniz School of Health & Science, Egas Moniz School of Health % 26 Science
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 65
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 15
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Article History
Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024
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Resumo
Introdução: Com os avanços na dentisteria restauradora e conservadora, a reabilitação de dentes com perda severa de estrutura, utilizando abordagens mais conservadoras e procurando preservar o máximo de estrutura dentária remanescente, tornou-se cada vez mais comum. Contudo, dentes com extensa destruição coronária, tratados endodonticamente e com pouca estrutura cervical remanescente, continuam a representar um desafio. Descrição do Caso Clínico: Paciente do sexo feminino, 43 anos de idade, dirigiu- se à Clínica Universitária Egas Moniz, com objectivo de reabilitar o dente 44, de uma forma económica e conservadora. O exame clínico revelou extensa lesão de cárie com envolvimento pulpar e destruição de estrutura coronária. Após a realização do tratamento endodôntico foi colocado um espigão em fibra de vidro com confeção de um núcleo em resina, preparação vertical e confecionada uma coroa provisória. Após 15 dias, e com os tecidos devidamente cicatrizados, foi realizada a impressão. Realizada e aprovada a prova em PMMA, procedeu-se à cimentação da coroa cerâmica final em dissilicato de lítio com um cimento autoadesivo resinoso. Discussão e Conclusões: A escolha da abordagem terapêutica para reabilitar um dente desvitalizado depende de vários fatores. Os pré-molares estão sujeitas a forças mais complexas. Por isso, podem precisar da colocação de um espigão em casos de destruição coronária severa. Neste contexto, os espigões de fibra de vidro, pelas propriedades físicas semelhantes às da dentina natural, são atualmente a opção preferida. Além disso, as restaurações indiretas são uma boa alternativa às restaurações diretas em cavidades de três, ou mais, paredes. Do ponto de vista biomimético, preservar e conservar a estrutura do dente é essencial. Nesse sentido, as preparações com linha de acabamento vertical são menos invasivas em comparação com as preparações horizontais. Este caso clínico demonstra a aplicação bem-sucedida de técnicas modernas e materiais avançados na reabilitação de dentes com destruição coronária extensa, resultando numa reabilitação estética e funcional.