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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Oeiras, 13 a 14 de outubro de 2023 | 2023 | 64 (S1) | Page(s) 51


#125 O Efeito da Eritropoietina no Tratamento Periodontal Não Cirúrgico – revisão scoping





Volume - 64
Supplement - S1

Pages - 51
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Received on 13/10/2023
Accepted on 13/10/2023
Available Online on 13/10/2023


Objetivos: Diversas terapias têm sido testadas como coadjuvantes ao tratamento periodontal não cirúrgico (TpNC). No entanto, nenhuma se demonstrou clinicamente superior ao TpNC, per si. A presente revisão scoping pretende sintetizar a literatura existente sobre os potenciais benefícios do uso da eritropoietina como adjuvante no tratamento periodontal (EPO TpNC). Materiais e métodos: Para responder à questão de investigação ´Será o uso adjuvante da eritropoietina no tratamento periodontal tecnicamente exequível e clinicamente eficaz?”, foi conduzida uma pesquisa sistemática nas bases de dados PubMed, Scopus, ScienceDirect e Cochrane, até 27 de fevereiro de 2023. Foram incluídos todos os artigos que avaliassem os efeitos da eritropoietina nos tecidos periodontais e na periodontite em português, inglês e espanhol. Resultados: De 119 artigos encontrados, 6 foram selecionados para análise (2 ensaios in vitro, 3 em animais e 1 RCT). Os resultados encontrados sugerem que a eritropoietina (EPO) regula a resposta imunoinflamatória. Ao inibir citoquinas pró-inflamatórias e secretar citoquinas anti-inflamatórias reduz os níveis de lipopolissacarídeos bacterianos e stress oxidativo, promovendo a homeostasia do periodonto. Recentemente, descobriram-se recetores específicos da EPO em células multipotentes fora do sistema hematopoiético. No tecido ósseo, a ligação da EPO a recetores específicos estimula a diferenciação osteoblástica e a expressão de mediadores osteogénicos e, indiretamente, atenua a reabsorção osteoclástica, mediando a remodelação óssea. A EPO também promove a angiogenese, evidenciada por um aumento significativo da taxa de proliferação e diferenciação celulares e da microcirculação capilar. Clinicamente, a administração local e sustentada da EPO na bolsa periodontal traduziu-se numa diminuição significativa dos índices gengivais e numa completa epitelização da bolsa periodontal, resultado de uma melhoria significativa da profundidade de sondagem e do nível de inserção clínico. Conclusões: A EPO é biocompatível e biodegradável. Por favorecer o controlo da inflamação e a regeneração periodontal, apresenta-se como uma terapêutica coadjuvante do TpNC promissora. Contudo, devido ao reduzido número de estudos e à heterogeneidade de metodologias, a generalização dos resultados é limitada. A relevância clínica da EPO TpNC carece de mais ensaios clínicos randomizados de superioridade.


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