Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XLIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Oeiras, 13 a 14 de outubro de 2023 | 2023 | 64 (S1) | Page(s) 50
#122 Precisão e veracidade de scanners faciais para análise da morfologia facial–Estudo Clínico
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Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 64
Supplement - S1
Pages - 50
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Article History
Received on 13/10/2023
Accepted on 13/10/2023
Available Online on 13/10/2023
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Resumo
Objetivos: Comparar a precisão e veracidade de dois métodos digitais de medição de distâncias lineares faciais com o método convencional. Materiais e métodos: Foram recrutados 20 voluntários e foram assinados os respetivos consentimentos informados. Foram marcados 25 pontos faciais por metodologia previamente descrita, com um marcador preto na face dos voluntários e foram realizadas medições de distâncias entre os diferentes pontos de forma convencional com auxílio de um paquímetro e de forma digital com recurso ao software Geomagic. Duas digitalizações faciais de cada voluntário foram obtidas, a primeira com um scanner portátil de baixo custo (Revopoint®) e a segunda com um scanner estático profissional (Rayface®). A veracidade foi definida como a diferença entre a medição convencional (Gold Standard) e a média das medições digitais. A precisão foi estabelecida como o desvio-padrão das medições digitais em cada grupo. Os resultados foram indicados sob a forma de média e intervalo de confiança em milímetros ou percentagem e comparados através dos testes estatísticos de Mann-Whitney U e Kruskal-Wallis. O nível de significância estabelecido foi de alfa = 0,05. Resultados: A precisão média foi de 0,50 [0,45; 0,55] mm e 0,41 [0,37; 0,44] mm para Revopoint e Rayface, respetivamente. Em termos percentuais, a precisão obteve o valor de 1,08 [0,92; 1,24] % no Revopoint e 0,82 [0,72; 0,92] % no Rayface. A veracidade média foi de 2,11 [1,95; 2,27] mm e 1,84 [1,66; 2,01] mm para convencional-Revopoint e convencional- Rayface, correspondendo a 4,55 [3,96; 5,14] % e 4,22 [3,56; 4,87] %, respetivamente. Foram detetadas diferenças estatisticamente significativas entre os dois scanners para as variáveis medidas à exceção da veracidade em distância linear. Conclusões: Verificaram-se diferenças ao nível da precisão e veracidade entre os dois scanners, com melhores resultados para o scanner facial Rayface ao nível da região peri-oral o que se pode apresentar como vantajoso para a prática clínica em medicina dentária.