Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XLIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Oeiras, 13 a 14 de outubro de 2023 | 2023 | 64 (S1) | Page(s) 44
#106 Interferências na oclusão dinâmica: contribuição de dispositivos digitais
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 64
Supplement - S1
Pages - 44
Go to Volume
Article History
Received on 13/10/2023
Accepted on 13/10/2023
Available Online on 13/10/2023
Keywords
Resumo
Objetivos: A análise oclusal ainda constitui um paradoxo em medicina dentária, existindo na literatura controvérsia no que é expectável verificar na oclusão dinâmica. Dos vários movimentos mandibulares, os que se traduzem em contatos mediotrusivos ou em lado de não trabalho são os únicos que devem ser considerados como potenciais desestabilizadores no sistema estomatognático. Atualmente, os meios digitais de análise oclusal revelam uma maior efetividade na pesquisa destes contatos, por realizarem uma análise quantitativa e não apenas qualitativa quando comparado com os métodos convencionais. A comercialização recente de um destes dispositivos, o OccluSense®, torna relevante o desenvolvimento de estudos comparativos com dispositivos já amplamente estudados, como o T-Scan Novus ®. Com este propósito, o presente estudo pretende avaliar as potenciais vantagens destes dispositivos na avaliação de esquemas oclusais de lateralidade. Materiais e métodos: Para a realização deste estudo foi realizada uma análise descritiva e comparativa dos esquemas oclusais de lateralidade a 21 participantes, o que totalizou 126 videos de análise oclusal. A recolha de dados foi efetuada utilizando os dispositivos digitais T-Scan Novus® e o OccluSense®, através de uma tripla medição no movimento de lateralidade esquerda e direita de cada voluntário, realizado por dois operadores diferentes, nas mesmas condições. Resultados: Dos esquemas oclusais de lateralidade obtidos verificou-se que 13 dos 21 participantes possuíam interferências no lado de não trabalho. Conclusões: Em mais de 50% da amostra verificou-se a presença de interferências no lado de não trabalho. Os métodos digitais parecem revelar-se mais confiáveis na pesquisa de interferências no lado de não trabalho, não só pela visualização concreta da interferência, mas principalmente pela quantificação deste contato.