Resumo

Objetivos: Avaliar o efeito do envelhecimento térmico na resistência adesiva entre resinas acrílicas de base de prótese removível (uma produzida pelo método convencional e duas resinas produzidas por impressão 3D) e uma resina de rebasamento direto. Materiais e métodos: Foram produzidos sessenta espécimes (10×10×3,3 mm) de duas resinas para impressão 3D (V-Print Dentbase e Denture 3D ) e uma resina produzida convencionalmente (Probase Hot- controlo), rebasados com uma resina acrílica de rebasamento direto (Kooliner) (n=10). Metade dos espécimes foram submetidos a 1000 ciclos de flutuações térmicas (de 20 segundos cada banho 5 e 55ºC), com um tempo de transferência entre os banhos de 5 segundos. Os restantes foram conservados em água destilada a 37ºC. De forma a avaliar resistência adesiva a tensões de corte, todos os espécimes foram incluídos em placas de Watanabe e testados numa máquina de ensaios universal com uma célula de carga de 1 KN e velocidade igual a 1 mm/min. O modo de falha foi avaliado num estereomicroscópio e classificado como adesivo, coesivo ou misto. Após verificação da normalidade da distribuição, foi realizada análise ANOVA a duas dimensões seguida de comparações múltiplas, segundo o método de Tukey (nível de significância de 5%). Resultados: A resina V-Print Dentbase apresentou valores de resistência adesiva inferiores (p<0,001) quando comparada com Denture 3D e Probase Hot. Os espécimes envelhecidos apresentaram valores de resistência adesiva estatisticamente inferiores (p<0,001) aos espécimes que não o foram. O envelhecimento térmico provocou um aumento de falhas adesivas nas três resinas estudadas. Conclusões: A resistência adesiva entre a resina de base de prótese e a resina de rebasamento varia com o tipo de resina utilizado e diminui quando os espécimes são submetidos a variações de temperatura.