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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Oeiras, 13 a 14 de outubro de 2023 | 2023 | 64 (S1) | Page(s) 36


#086 Taxa de sobrevivência de implantes em pós-graduação: Estudo retrospetivo de 10 anos





Volume - 64
Supplement - S1

Pages - 36
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Received on 13/10/2023
Accepted on 13/10/2023
Available Online on 13/10/2023


Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar a taxa de sobrevivência dos implantes colocados por alunos de pós- -graduação, sob supervisão de cirurgiões experientes, entre 2010 e 2021. Materiais e métodos: Foram analisados os dados de 296 doentes que receberam implantes dentários para reabilitações unitárias ou múltiplas entre 1 de janeiro de 2010 e 31 de julho de 2021. Foram recolhidos os dados relativos à data da colocação, da falha e o período de acompanhamento dos implantes. Foi avaliada a taxa de sobrevivência cumulativa, a falha precoce (antes dos 6 meses) e a falha tardia (depois dos 6 meses) de 953 implantes dentários colocados por alunos de pós-graduação em implantologia e cirurgia oral, em ambiente universitário. Foi realizada a estatística descritiva dos dados recolhidos e a taxa de sobrevivência cumulativa foi calculada através do método de Kaplan-Meier. Resultados: Foi analisado o período de sobrevivência de 953 implantes dentários durante 10 anos. Os doentes que receberam implantes dentários foram acompanhados por um período médio de 3,23 ±2,56 anos (intervalo de 0 a 10,63 anos) ou até o implante falhar e for removido. De 953 implantes 25 foram perdidos em 296 pacientes (115 homens e 191 mulheres). A taxa de sobrevivência global foi de 97,4% . A falha precoce foi de 0,94% (n=9) e a falha tardia foi de 1,68% (n=16). Os resultados mostraram que as taxas de sobrevivência e falha de implantes colocados por residentes de pós-graduação são semelhantes aos obtidos por clínicos experientes, sendo um método eficaz e previsível para pacientes parcialmente ou totalmente edêntulos. Conclusões: Este estudo obteve uma taxa de sobrevivência e falha de 97,4% e 2,6%, respetivamente, para os implantes colocados por alunos de pós-graduação durante um período de 10 anos. Os critérios rigorosos de seleção e planeamento dos casos, bem como um protocolo bem definido para a colocação e manutenção dos implantes, provavelmente contribuíram para a alta taxa de sobrevivência observada.


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