Resumo

Objetivos: Objetivo primário foi avaliar a correlação entre estabilidade primária e o comprimento do implante dentário. Objetivo secundário foi avaliar a correlação entre densidade óssea e estabilidade primária. Materiais e métodos: Neste estudo in vitro, foram utilizados 4 tipos de implantes Tissue Level (Straumann®, Basileia, Suíça) com diferentes comprimentos: 10 mm (Grupo A), 8 mm (Grupo B), 6 mm (Grupo C) e 4 mm (Grupo D). Os implantes foram inseridos num corpo de prova de poliuretano com 5 densidades diferentes (10 PCF, 15 PCF, 20 PCF, 30 PCF, 40 PCF). A medição da estabilidade primária foi realizada recorrendo ao método de análise de frequência de ressonância com auxílio do Osstell© (Osstell© ISQ, Gotemburgo, Suécia) e do SmartPeg®. Os resultados foram analisados estatisticamente utilizando o software SPSS (Statistical Package for the Social Science v.19, SPSS Inc., Chicago, Estados Unidos da América) e foi utilizado o teste de Kruskall-Wallis. O nível de significância estabelecido foi de 5% (p-value <5). Resultados: Analisando os grupos de implantes, nas densidades 10 PCF, 15 PCF, 20 PCF e 30 PCF foi obtido um p-value < 0,001, pelo que existem diferenças significativas entre os grupos A, B, C e D. Na densidade 40 PCF (p-value = 0,367) não existem diferenças estatisticamente significativas. Analisando as densidades do corpo de prova de poliuretano, nos grupos A, B, C e D foi obtido um p-value < 0,001, verificando-se diferenças estatisticamente significativas. Conclusões: Em densidades ósseas mais baixas os implantes curtos apresentam valores de estabilidade primária inferiores aos resultados obtidos pelo implante standard. O aumento da densidade óssea influenciou positivamente a estabilidade primária.