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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXIII Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial Coimbra, 26 a 28 de maio de 2022 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 66-67


#SPODF2022-10 Expansão rápida palatina assistida por micro-implantes: Revisão da literatura





Volume - 63
Supplement - S1

Pages - 66-67
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Received on 26/05/2022
Accepted on 26/05/2022
Available Online on 26/05/2022


Introdução: A discrepância maxilar transversal é uma má- -oclusão frequentemente encontrada na população pré-puberal e quando não tratada pode afetar o crescimento e desen- 66 rev port estomatol med dent cir maxilofac. 2021;63(S1):63-67 volvimento craniofacial no adulto. A presente revisão tem como objetivo sumariar a evidência dos tratamentos ortodônticos para correção do colapso transversal em adultos através da expansão rápida palatina assistida por micro-implantes, bem como a descrição das suas indicações, vantagens e limitações. Métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados PubMed, Cochrane Database of Systematic Reviews e B-on, até Março de 2022, utilizando como palavras-chave: MARPE, rapid maxillary expansion, microimplant-assisted rapid palatal expansion e miniscrew-assisted rapid palatal expander. Resultados: O tratamento indicado em pacientes em crescimento com colapso transversal maxilar é a expansão rápida maxilar através da separação da sutura palatina mediana. Na fase pós-puberal do desenvolvimento (jovens adultos e adultos), devido à fusão da sutura palatina, a expansão rápida palatina cirurgicamente assistida (surgically-assisted rapid palatal expansion – SARPE) ou a osteotomia de Le Fort I segmentada (OLF1S) são as técnicas mais recomendadas. Recentemente, a expansão rápida palatina assistida por micro-implantes (Miniscrew-Assisted Rapid Palatal Expansion - MARPE) foi desenvolvida. Neste procedimento, a disjunção palatina é conseguida através de um expansor com ancoragem esquelética no palato duro através de micro-implantes. Esta técnica é menos invasiva comparando com a SARPE e Le Fort I e apresenta menos custos e menor morbilidade para o paciente. Além disso, a MARPE reduz o risco de compensações dento-alveolares quando comparado com a expansão rápida maxilar convencional. Conclusões: A literatura demonstra que a MARPE é descrita como uma técnica de expansão rápida eficaz, com menos efeitos secundários que a técnica de expansão rápida convencional. No entanto, no futuro, mais investigações, principalmente estudos clínicos randomizados, são necessários para permitir demonstrar o sucesso efetivo a longo prazo desta técnica. Implicações clínicas: A MARPE tem sido investigada como uma opção para a correção de atresia maxilar em pacientes jovens-adultos e adultos, constituindo uma alternativa à cirurgia ortognática.


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