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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXII Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial Braga, 08 a 10 de julho de 2021 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 54


#SPODF2021-3 Tratamento Ortodôntico-Cirúrgico na Classe III esquelética





Volume - 63
Supplement - S1

Pages - 54
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Received on 08/07/2021
Accepted on 08/07/2021
Available Online on 08/07/2021


Introdução: A Classe III esquelética caracteriza-se por uma discrepância sagital intermaxilar mesial e pode estar associada a uma herança genética. Cerca de 40% dos casos apresentam uma prognatia mandibular e retrognatia maxilar. Na adultícia, quando a severidade da discrepância intermaxilar excede os limites da camuflagem dento-alveolar, o tratamento ideal é ortodôntico-cirúrgico. Esta terapêutica permite melhorar o componente funcional (mastigação e fonética) bem como a estética, permitindo melhorar a autoestima e a qualidade de vida do paciente. O objetivo deste trabalho é a descrição de um caso clínico de Classe III esquelética submetido a tratamento ortodôntico-cirúrgico. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo masculino, 19 anos, recorreu ao serviço do Instituto de Ortodontia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra para correção da má oclusão. O doente apresentava uma classe III esquelética com um perfil hiperdivergente e uma assimetria facial. O plano de tratamento contemplou aparatologia multibrackets Roth 0,18 e cirurgia ortognática bimaxilar com os seguintes movimentos: Le Fort 1 de avanço maxilar de 5 milímetros e impactação posterior de 3 milímetros, osteotomia bilateral sagital de recuo mandibular de 4 milímetros com reposicionamento para correção da assimetria. Posteriormente à ortodontia pós-cirúrgica, foi removida a aparatologia e foram colocados os seguintes dispositivos para contenção do caso: placa de Hawley e contenção fixa inferior. Discussão: Nos pacientes adultos com classe III esquelética, o tratamento pode ser ortodôntico, no qual é realizada a camuflagem dento- alveolar ou, ortodôntico- cirúrgico. A grande vantagem da cirurgia ortognática é a correção das discrepâncias intermaxilares severas pela mobilização das bases esqueléticas, o que possibilita a melhoria funcional, estética e psicológica do paciente. Contudo, acarreta um aumento do custo do tratamento e pode provocar complicações pós-cirúrgicas como, por exemplo, as parestesias nervosas. A escolha do tratamento está dependente da severidade da má oclusão, da existência de outras patologias, como apneia obstrutiva do sono, e da motivação do doente. Conclusões: O tratamento ortodôntico-cirúrgico permitiu a correção da má oclusão esquelética, melhorando a função bem como a estética facial.


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