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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXII Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial Braga, 08 a 10 de julho de 2021 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 53


#SPODF2021-1 Transposição canino-pré-molar maxilar





Volume - 63
Supplement - S1

Pages - 53
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Received on 08/07/2021
Accepted on 08/07/2021
Available Online on 08/07/2021


Introdução: A transposição de dois dentes é relativamente pouco usual. Consiste numa perturbação da ordem dos dentes e da posição eruptiva, ocorrendo aproximadamente em um dos 300 pacientes ortodônticos, proporcionando ao clínico um desafio especial em termos terapêuticos. O presente caso remete-nos para uma condição de transposição de dois dentes, canino e pré-molar, maxilar, unilateral, esquerdo, o tipo mais frequente de transposição. A transposição entre o incisivo lateral superior e canino é a que se segue mais frequente, com as transposições unilaterais mais frequentes que as bilaterais, com o lado esquerdo afetado com mais frequência do que o direito. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo feminino, 13 anos e 4 meses de idade, problema principal apinhamento dentário, Classe III esquelética com convexidade de -1mm, Classe I dentária, braquifacial, promandibulia, face baixa, andar inferior da face diminuído, apresentando uma transposição entre o canino e o primeiro pré-molar maxilares esquerdos. Discussão: O plano de tratamento proposto e executado consistiu em aparelhagem fixa bimaxilar do tipo Edgewise, extração de 53, por um período ativo de 30 meses. A orientação canina ou a função de grupo são importantes para um relacionamento oclusal livre de interferências. Se a transposição for severa, qualquer tentativa de reposicionar os dentes transpostos afetará as coroas e as raízes e poderá danificar os tecidos de suporte. Portanto, os dentes geralmente estão alinhados em suas posições transpostas. No presente caso, considerando a idade do paciente e a direção do movimento dentário, decidimos seguir a abordagem de não extração e ainda foi possível reposicionar cada dente na sua ordem correta na arcada dentária. Conclusões: Neste caso clínico, a transposição diagnosticada está a ser corrigida ortodonticamente. No local da arcada onde foi observada a transposição, a tração foi mesial e ascendente, a fim de mover o canino para uma posição mais apical com um processo dentoalveolar mais amplo para facilitar o intercâmbio da coroa, minimizando o conflito de espaço das raízes e os problemas periodontais. Embora ainda não terminado, os registos do presente caso demonstram que os objetivos do tratamento estão a ser alcançados com sucesso, a fim de se obter uma harmonia facial, dentária e funcional.


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