Resumo

Objetivos: Avaliar a concordância entre duas medições no mesmo indivíduo, com sete dias de diferença, efetuadas pelo T-scan. Materiais e métodos: Foram selecionados 13 voluntários de acordo com critérios previamente definidos e os seus registos oclusais foram realizados por um operador calibrado com um intervalo temporal de sete dias entre medições com o auxílio do T- scan (v.9; Tekscan Inc., Boston, MA). Cada participante foi instruído a abrir e encerrar a boca, até à posição de intercuspidação máxima 3 vezes, utilizando a força máxima, com o sensor de 100μm colocado intra oralmente. Foram utilizados os valores de intercuspidação máxima e força máxima, detetados pelo software, para cada indivíduo. As medições foram realizadas para cada voluntário à mesma hora para o tempo zero e passados sete dias. A concordância foi determinada pela média do coeficiente de correlação intraclasse, considerando uma correlação ligeira (<0,5), moderada (0,5 – 0,74), boa (0,75 – 0,9) ou excelente (>0,90). A análise de dados foi feita com recurso ao software SPSS (IBM Statistics Version 24, Chicago, USA). Resultados: Foram detetados valores repetibilidade entre os dois intervalos temporais com coeficientes de correlação intraclasse elevados, para a intercuspidação máxima e para a força máxima com valores de 99,4% [99,2; 99,5] e 98,4% [98,0; 98,8], respetivamente. Foi detetada uma baixa concordância entre as duas variáveis no tempo 0 com 58,0% [46,1; 67,3] e no tempo 7 dias de 57,2% [45,0; 66,7], respetivamente. Conclusões: Os resultados obtidos neste estudo sugerem que o T- scan poderá ser considerado um meio complementar de diagnóstico oclusal para a deteção da intercuspidação e força máxima. No entanto, são necessários estudos in vivo com tamanho amostral superior e comparativos com outros métodos de diagnóstico de forma a avaliar a sua validade clinica.