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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 13 a 15 de outubro de 2022 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 47-48


#120 Oncologia de cabeça e pescoço: Reconhecer em medicina dentária os perfis de risco





Volume - 63
Supplement - S1

Pages - 47-48
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Received on 13/10/2022
Accepted on 13/10/2022
Available Online on 13/10/2022


Objetivos: A patologia oncológica de cabeça e pescoço é responsável por 380.000 mortes anualmente, com uma incirev port estomatol med dent cir maxilofac. 2021;63(S1) :1-52 47 dência anual na Europa de 250.000 novos casos. O carcinoma espinocelular é o tipo histológico mais frequente. São objetivos do presente trabalho: Estabelecer a relação dinâmica entre os indicadores de qualidade de vida e os de má-nutrição. Identificar variáveis que possam sinalizar perfis de risco em oncologia de cabeça e pescoço. Materiais e métodos: Realizou-se um estudo no Instituto Português de Oncologia do Porto com doentes oncológicos de cabeça e pescoço (n=112). Foi administrado o questionário QLQ- C30 (da European Organisation for Research and Treatment of Cancer) para avaliar a qualidade de vida relacionada com a saúde e o MUST (Malnutrition Universal Screening Tool) para avaliação do risco de má nutrição. As variáveis clínicas foram acedidas a partir dos processos clínicos. O estudo foi autorizado pela comissão de ética da instituição. Resultados: A amostra apresentou maioritariamente indivíduos do género masculino (93,9%), preferencialmente no grupo etário dos 46- 65 anos (63,2%). Apenas 24,6% da amostra tinha mais de 6 anos de escolaridade. As localizações tumorais mais frequentes foram hipofaringe e laringe (53,5%). elevado risco de má nutrição associou- se a piores resultados nas escalas ´resultados globais em saúde´ e ´qualidade de vida´. As escalas funcionais e de sintomas revelaram impactos desfavoráveis nos doentes oncológicos que apresentavam maior risco de má nutrição.Foram identificadas variáveis conducentes a maior risco de má nutrição, piores resultados de qualidade de vida relacionada com a saúde e preditivos de pior prognóstico: idades mais jovens (39- 64 anos), e a localização dos tumores na cavidade oral e na orofaringe revelaram- se como as localizações mais preocupantes. A baixa escolaridade e um baixo índice de massa corporal no momento do diagnóstico está associado a maior impacto negativo. Conclusões: A localização do tumor, o estadiamento, o plano de tratamento, os hábitos dietéticos, peso inicial e o índice de massa corporal, consumo de álcool e tabaco, condições sociais e financeiras e a presença de caquexia são variáveis identificadas na literatura como preditivas de prognóstico. O presente estudo sinaliza especialmente as que se relacionam com elevado risco de má nutrição.Os fatores preditivos de prognóstico são importantes em oncologia permitindo reconhecer perfis de risco e atuar atempadamente, melhorando a sobrevivência e a qualidade de vida dos doentes oncológicos.


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