Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XLII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 13 a 15 de outubro de 2022 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 39
#098 Repetibilidade de métodos de impressão digital sobre 4 e 6 implantes – Estudo in vitro
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Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 63
Supplement - S1
Pages - 39
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Article History
Received on 13/10/2022
Accepted on 13/10/2022
Available Online on 13/10/2022
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Resumo
Objetivos: Avaliação da repetibilidade de diferentes métodos de impressão digital para reabilitações totais implanto?suportadas sobre 4 e 6 implantes com um scanner industrial de 12 megapixels (referência) GOM (Atos Compact Scan 12M), um equipamento de fotogrametria iCam (iMetric4D) e um scanner intraoral TRIOS3 (3Shape). Materiais e métodos: Numa mandíbula edêntula de acrílico foram colocadas 6 replicas de implantes Straumann Bone Level Tapered (Straumann AG, Suíça) de 4,1mmx12mm seguindo a Carames Classification Classe 1A. Foram aparafusados pilares tipo Multi- Unit e realizadas 10 leituras independentes com cada um dos diferentes métodos a testar, utilizando os scan bodies indicados pela marca sobre os 6 implantes e sobre os 4 implantes anteriores. Os ficheiros Standard Tesselation Language (STL) obtidos foram importados para o software Exocad (exocad GmbH, Alemanha) para aquisição das réplicas de implantes. Os STL resultantes foram importados para um software de análise tridimensional (Geomagic Control X, 3D Systems, EUA) onde foram sucessivamente sobrepostos e alinhados pelo algoritmo de best fit, recorrendo a métodos previamente descritos. A repetibilidade foi definida pela sobreposição entre si das 10 leituras e os dados apresentados como média e intervalo de confiança 95% do Root Mean Square (RMS) em micrómetros (μm) para cada grupo. Foi realizado o teste Shapiro?Wilk para determinar a distribuição da amostra e o teste Kruskal?Wallis com correção de Bonferroni entre os 3 métodos de impressão. Foi estabelecido um nível de significância de p=0,05. Resultados: Para as impressões de 4 implantes, a repetibilidade obtida foi de 1,67[1,49;1,86]μm, 12,01[10,79;13,23]μm e 15,56[13,99;17,12]μm para o GOM, iCam e TRIOS3, respetivamente. Verificaram?se diferenças estatisticamente significativas entre GOM e os restantes métodos. Com 6 implantes, os valores obtidos foram de 2,19[1,58;2,79]μm, 10,79[9,68;11,90]μm e 37,74[32,80;42,67]μm para o GOM, iCam e TRIOS3, respetivamente, com diferenças estatisticamente significativas entre os 3 grupos à exceção de entre GOM e iCam. Na comparação intra?método com 4 ou 6 implantes, só foi possível detetar diferenças estatisticamente significativas no grupo do TRIOS3. Conclusões: Os resultados do estudo sugerem que a fotogrametria é uma alternativa viável para a impressão de implantes em casos totais de reabilitação implanto- suportada com 4 e 6 implantes, apresentando melhor repetibilidade in vitro que o scanner intraoral.