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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 13 a 15 de outubro de 2022 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 38


#096 Alterações temporomandibulares numa população de pacientes com cefaleias





Volume - 63
Supplement - S1

Pages - 38
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Received on 13/10/2022
Accepted on 13/10/2022
Available Online on 13/10/2022


Objetivos: Este trabalho de investigação tem como objetivo identificar a possível relação entre cefaleias, sem causa cerebral identificável por Tomografia Computorizada e Ressonância Magnética, e a presença de alterações imagiológicas e morfométricas nas articulações temporomandibulares, quantificando- as. Procura- se, igualmente, verificar a importância de uma avaliação funcional do sistema estomatognático em indivíduos com cefaleia inexplicada, mesmo nos casos em que as condições crónicas e os sintomas agudos, mecânicos e clínicos típicos de disfunção temporomandibular, estão ausentes. Materiais e métodos: Foram analisados retrospetivamente exames de Ressonância Magnética e Tomografia Computorizada de um total de 50 pacientes, maiores de 18 anos, com histórico de procura de cuidados urgentes, nos últimos 3 anos, por queixa de cefaleia, sem descrição de alterações que justificassem essa queixa. Essa análise resultou de um processamento dirigido à articulação temporomandibular a partir dos volumes de imagem dos estudos cerebrais, posterior avaliação de 8 sinais imagiológicos e medição de 18 parâmetros morfométricos para cada articulação temporomandibular. Estes sinais foram quantificados e os parâmetros comparados com os valores de populações normais, ou seja, sem critérios de disfunção temporomandibular. Resultados: Dos 50 pacientes analisados, todos tinham, pelo menos, 3 dos 18 parâmetros morfométricos com valores fora dos intervalos considerados normais, de acordo com a literatura mais recente. Relativamente aos sinais imagiológicos avaliados, apenas 2 pacientes do estudo não apresentavam qualquer alteração imagiológica intra- articular, sendo que, todos os outros apresentavam alterações, até ao limite máximo de 14 alterações por doente. Conclusões: A prevalência de alterações na articulação temporomandibular em pacientes com cefaleias mostrou- se elevada, comprovando que a avaliação clínica das disfunções temporomandibulares deve ser enquadrada no estudo de cefaleias sem causa cerebral diagnosticada, e, muito provavelmente, são relevantes a prescrição e o respetivo conhecimento de exames apropriados e dirigidos à articulação temporomandibular.


Supplementary Content


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